segunda-feira, 23 de abril de 2012

Manuscrito do mar morto revela que o messias ressuscitaria


INTRIGANTE ROLO DO MAR MORTO DIZ QUE O MESSIAS "HAVERIA DE VIR, MORRER E RESSUSCITAR AO TERCEIRO DIA"!

Um respeitado erudito israelita e professor na Universidade Hebraica está criando "agitação nas águas" do judaísmo, ao trazer um intrigante e apelativo caso relacionado com uma noção distinta da vinda do Messias para morrer como "servo sofredor", como expiação dos pecados e redenção de Israel, para depois ressuscitar da morte ao terceiro dia!

Fundamentado nos seus muitos anos de pesquisa e na recentemente analisada evidência arqueológica - incluindo um rolo do "Mar Morto" que ainda não tinha sido estudado - o erudito e estudioso está também alegando que a sua noção do Messias ressuscitar ao terceiro dia é um conceito pré-cristão que data de um período anterior ao do nascimento de Jesus em Belém Efrata.

A causa defendida pelo Dr. Israel Knohl atraiu atenção significativa, incluindo um artigo importante no "New York Times" e diversos artigos na conceituada revista "Biblical Archaeology Review".
O artigo no "Times", sob o título: "Tábua antiga despoleta debate sobre o Messias e a Ressurreição" começa desta forma:

"Uma tábua de 90 cms, com 87 linhas em hebraico, que peritos acreditam datar de décadas antes do nascimento de Jesus está causando uma silenciosa agitação nos círculos bíblicos e arqueológicos, especialmente porque pode estar a falar acerca de um messias que se erguerá dos mortos após três dias."
A tábua foi denominada pelos eruditos como "Revelação de Gabriel", uma vez que ela sugere que o anjo Gabriel foi instruído por Deus para anunciar que o Messias se levantaria dos mortos ao terceiro dia.

Na verdade, isto não é novidade. A tábua de pedra foi descoberta há cerca de quinze anos e é pertença de um judeu suíço-israelita chamado David Jeselsohn, que não entendeu o significado da mesma quando a adquiriu. O artigo no Times foi publicado em 2008. O Dr. Knohl publicou então um livro (em 2009) acerca de toda esta questão, entitulado: "Messias e a Ressurreição na 'Revelação de Gabriel'". Essa obra foi a continuação de outra anterior: "O Messias antes de Jesus: o Servo Sofredor dos Rolos do Mar Morto" publicado inicialmente em hebraico no ano 2000 e depois em inglês no ano 2002. Nesse livro, o Dr. Knohl explica as várias teorias judaicas acerca do Messias, incluindo a do "Messias filho de David" que reinará na terra tal como o rei David, e um "Messias filho de José" que será rejeitado pelos seus irmãos, maltratado, deixado como morto, mas reaparecendo mais tarde e que salva não só a nação de Israel, mas o mundo, tal como José no Livro dos Gênesis.

Para nós, cristãos, isto não surpreende, embora possa vir a ser uma tremenda evidência da realidade em que acreditamos mas que precisa de ser acreditada e aceita pelos judeus. Essa é a grande realidade-pilar da fé cristã:

"Irmãos, lembro-vos do Evangelho que vos preguei, o qual também recebestes e no qual estais firmes. Por meio dele também sois salvos, desde que vos apegueis com convicção à Palavra que vos anunciei; caso contrário, tendes crido em vão. Porquanto, o que primeiramente vos transmiti foi o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez..." (1 Coríntios 15:1-5 edição King James).

As antigas Escrituras judaicas já falavam acerca de um Messias sofredor que morreria para expiar os pecados da humanidade - Isaías 53, Salmo 22 e 69, e Daniel 9:26. Neste último texto diz ainda que o Messias seria "cortado" e que depois o Templo e Jerusalém seriam destruídos.

Mas, mais importante ainda é aquilo que eu quero que você hoje considere:
1 - E se a história do Evangelho for verdadeira?
2 - E se Jesus realmente não só morreu pelos nossos pecados mas foi também sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, de acordo com as antigas profecias?

Se assim é, e eu acredito que sim, que importância tem isto para si? Como vai responder a esta realidade?
Que Deus o abençoe ao responder positivamente a estas incontornáveis realidades!

Shalom!

fonte: Shalom Israel

Conservadores aprovam Rabinos gays em Israel


Uma noticia que tomei conhecimento hoje, que saiu no jornal o globo, que achei interessante publicar e compartilhar com meus leitores:

JERUSALÉM

As discussões acaloradas sobre as três principais correntes do judaísmo — reformista, conservadora e ortodoxa — ganharam novas faíscas nesta sexta-feira quando o chamado Movimento Conservador de Israel decidiu aprovar a ordenação de rabinos homossexuais, endossando a posição desse movimento nos Estados Unidos, onde gays e lésbicas já podem participar de estudos visando ao rabinato há alguns anos.

— Vejo isso como um avanço muito importante da lei judaica. Foi a coisa certa a fazer. Somos todos feitos à imagem de Deus e, portanto, somos todos iguais. Para mim, trata-se de valores de muita importância — comemorou o rabino Mauricio Balter, presidente da Assembleia Rabínica do Movimento Conservador.
Ao contrário dos setores reformistas e liberais, nos quais homossexuais já podem ser ordenados rabinos, a decisão foi mais polêmica entre os conservadores — cumpridores da lei judaica, adotando costumes e práticas comuns à ortodoxia.

Na própria sexta-feira, o conceituado seminário rabínico Schechter, em Jerusalém, informou que vai admitir estudantes gays e lésbicas já no próximo ano letivo. Foi lá que ocorreu a votação sobre a ação de rabinos homossexuais, autorizados com uma quase unanimidade: 17 autoridades religiosas votaram a favor, e apenas um rabino se absteve.

A instituição — que tem filiais no exterior — acabou protagonizando nos últimos anos debates e embates sobre o tema. Em 2006, a entidade rachou. Duas escolas rabínicas afiliadas nos EUA aprovaram a ordenação homossexual, na contramão da postura adotada em Jerusalém e Buenos Aires. O debate ganhou contornos tão radicais que duas estudantes, rabinas, decidiram abandonar os estudos de dois anos no Instituto Shechter: uma a favor e outra contra a medida.

— Estou contente que tenha havido uma votação e que tenha terminado assim. Foi uma decisão democrática e correta, como mostra o resultado, ninguém foi contra — resumiu o rabino Balter.

Ortodoxos não permitem mulheres rabinas
O programa rabínico do Instituto Shechter é composto por dois anos equivalentes a um mestrado em estudos judaicos. Ao término do curso, os estudantes são testados por um conselho de rabinos que autoriza a ordenação.

A medida, porém, promete provocar a ira da ortodoxia, que, em Israel, monopoliza os serviços públicos ligados à religião, como casamentos (não existe união civil no país) e funerais. Para esse grupo, aliás, além da rejeição ao homossexualismo, existe ainda a total rejeição de mulheres no papel de líderes religiosas.

fonte: O GLOBO

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O caráter de quem eu sigo não importa?


O cárater de quem eu sigo não importa

   Imagine você se Jesus fosse um mentiroso, pilantra e desonesto, você continuaria a segui-loObviamente não. Mas é engraçado que quando se trata de lideres religiosos, por mais desonestos que sejam, muitas pessoas os seguem e aindam os defendem, não importa o quanto eles sejam desonestos.

Para quem não sabe falsidade ideológica é crime além de anti ético. Então é engraçado que vários religiosos, dizem que estão na verdade, que o diabo é o pai da mentira, que a verdade liberta, mas seguem pessoas que não pregam a verdade. Seguem pessoas que mentem discaradamente.

No meio messiânico, por exemplo,  isto já esta ficando presente também (não generalizando, mas apenas alguns casos isolados). Hoje, alguns, além de fingirem serem judeus sem o serem, ainda estão se intitulando rabinos.Pode até existir judeus messianicos, mas não existe rabino judeu messianico, porque Rabino é um titulo dado ao sacerdote judeu, e o judaismo não aceita Jesus como messias. Então como pode haver um rabino messianico? Um Rabino tem que ser ordenado em Israel ou Nova Yorque, pela halachá judaica. Não é só alguém se intitular rabino e pronto. É o mesmo que eu começar a dizer que sou padre. Mas se a igreja católica não me ordenou eu não posso me auto-intitular. Sabe como se chama isso Mentira, falsidade ideológica. É alguém fingindo ser o que não é.

Alguns tem até falsificado documentos e mentem discaramente. E mesmo assim muitos os seguem e quando alguém critica isso, como eu, eu estou sendo usado por hashatan. Ou seja, é o outro que esta mentindo, mas sou eu que sou servo do diabo. Irônico não! Tem gente por ai, mentindo, falsificando documentos, usando titulos de outra religião e são usados por Deus, tudo bem. Quem falar a verdade é que esta no maligno.Sinceramente, como o cristianismo se tornou tão controverso? Daqui a pouco ser mau vai ser bom e ser bom vai ser mal.

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!"  (Isaías 5 : 20)

Mas esse conceito, já é uma herança de "alguns fiéis" do meio gospel em geral. Quantas vezes não vemos pastores evangélicos envolvidos em escandalos, picaretagens, crimes e mesmo assim as pessoas ainda os defendem com unhas e dentes. É mais ou menos assim: "Não importa se meu pastor usa o dinheiro dos dizimos para proveito próprio, para comprar bens e até promovr festinhas e orgias, ele é um homem de Deus" Será que é mesmo?

Quando nós vemos nos jornais e noticiarios, noticias de falsos médicos, ou falsos profissionais que lesam pacientes inocentes, ficamos chocados e ainda clamamos por justiça, pois o falso médico esta praticando falsidade ideológica. É o mesmo caso. Só que quando alguém denúncia ou alerta acerca de um falso pastor, o fiel, que supostamente gosta da verdade e segue a Jesus diz: "Isto é obra de satanás! O diabo esta tentando derrubar nosso lider!" Ou como diriam os messianicos: "Ah, ele não é rabino, mas pelo menos esta nos livrando do paganismo de roma!" Será que esta, mesmo Pregando fábulas judaiscas e mitologias que nem mesmo os judeus acreditam? A questão maior não é nem as coisas que tal suposto rabino prega, mas a mentira. Porque mentir e fingir ser o que não é?  Para que usar de falsidade para pregar coisas até boas como a restauração?

Jesus disse que uma árvore se conhece pelos frutos. Pode uma figueira dar uvas ou uma parreira dar figos? Pode alguém que mente sua identidade pregar a verdade? Posso eu por exemplo, mentir, e dizer que meu nome é Francisco, mesmo sendo Ronaldo, dizer verdades, se nem meu nome estou falando o certo?

Paulo disse: O que tem em comum a luz e as trevas? A corrupção e a santidade? Podem andar juntos? Se seguem a verdade e dizem que a verdade liberta, porque se deixam escravizar por mentiras? Porque idolatram esses homens que são homens como nós, como se fossem deuses?

Eu não sou pastor, rosh ou lider religioso, não tenho igreja e não mudo meu nome e nem minha identidade. Porque estaria eu sendo usado por hashatan? Por dizer a verdade? Se eu mudar meu nome para Davi benjamim, usar kipá, dizer que sou rabino, pedir dizimo de trabalhadores honestos e usar tudo em beneficio próprio, então eu estaria sendo usado por Deus? Que Deus é esse? Porque o da bíblia, condena tudo isso!

Shalom!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dois pesos e duas medidas


Recentemente eu estava converssando com alguns amigos sobre temas bíblicos, quando alguém abordou a questão do dizimo. Este sempre é controversso e gera muita discussão, mas sempre procuro trata-lo com respeito, isto é, respeitando a opinião dos que são contra e dos que são a favor do dizimo.

Como neste caso, havia um irmão evangélico, ele naturalmente defendeu a prática do dizimo veementemente, e quando confrontado sobre certas atitudes erradas de seu pastor, este irmão se baseou em um conhecido chavão gospel. Disse ele:

"Quando eu dou o meu dizimo, eu dou para Deus, aliás, dou não; devolvo dez por cento do que Deus me da. Se o pastor faz falcatrua ou não com o dinheiro isto é entre ele e Deus, eu fiz a minha parte com Deus e ele sabe disso"

Coerente até a linha de raciocinio. Nada contra. Mas depois em outro ponto da mesma converssa, falamos sobre a caridade e o auxilio aos pobres. Este mesmo irmão, quando indagado se praticava caridade, disse que não, e se justificou dizendo:

"Eu não dou esmola para mendingos, porque eles gastam o dinheiro com pinga. Se fosse para eles comprarem comida ou algum alimento, até daria, mas como sei que eles vão comprar pinga não dou"

Sabe o que percebi com isso? Que a maioria dos religiosos utilizam dois pesos e duas medidas, isto é, dois critérios diferentes. Se formos analisar bem, ambos os casos são identicos. Tanto o pastor quanto o mendigo, quando ajudado financeiramente, tem as mesmas possibilidades de usufruirem bem deste auxilio ou mau. Ou seja, tanto um quanto o outro podem tanto gastar o dinheiro com bobagens ou com alimento. Não tem como saber da itegridade de uma pessoa só pela aparência. Assim como o mendingo pode utilizar a esmola para comprar cachaça o pastor também pode. Da mesma maneira assim como o pastor pode utilizar parte das ofertas e ajudar os pobres o  endingo também pode utlizar a esmola para comprar umpão por exemplo. Os casos são identicos. Então porque para UM se ajuda idependente de caráter e o outro não?


Ao ser questionado sobre isto, este mesmo irmão argumentou que o pastor no caso, é um representante de Deus na terra, pois prega sua palavra. Mas quando nós vemos na bíblia, Jesus disse: "Uma vez que fizeste aos pequeninos a mim fizeste; Quando não fizeste aos pequeninos a mim não fizeste" (Mt 25,31-46)

Ou seja, não é engraçado que a bíblia diz exatamente o oposto? Segundo a bíblia, o mendingo é o verdadeiro representante de Deus na terra, não o pastor. Fora que Jesus disse: "Dai a todo que pede" referindo-se aos pobres e não aos sacerdotes. Isso não seria agir seguindo dois pesos, sendo abominavel a Deus como diz em provérbios 20,10?


"Dois pesos diferentes e duas espécies de medida são abominação ao SENHOR, tanto um como outro"



Mas segundo a crença comum, independente de ambos poderem gastar donativos com bobagens, o pastor merece por ser um homem de Deus e o mendingo não. Mesmo que você mostre provas de que tal pastor é pilantra, desonesto, já foi preso até em países extrangeiros por falcatruas, isso não importa, pois a pessoa cre que fez sua parte. Já o mendingo, ser ajudado, jamais, pois ele pode maldosamente comprar um aguardente. Mesmo que você prove que aquele mendingo vai comprar pão e te trazer até a nota fiscal para provar onde foi usada a esmola, não importa, ele não é um homem de Deus.

Vendo a bíblia sagrada e as pessoas que o Eterno ungiu, é engraçado também que nós só vemos pobres e aflitos. Todos os profetas foram pessoas humildes e tiveram mil aflições. Mas seguindo a linha de raciocinio deste irmão, que aliás, é um pensamento comum até, o mendingo esta na condição em que esta porque é um endemoniado, por isso Deus não o abençoa e não merece ser ajudado.

Então será que Moisés também era endemoniado? Porque de principe do Egito ele ficou perdido no deserto. E Jeremias, Isaias, Amós, Daniel etc...? Seriam endemoniados também? Ou o próprio Jesus que disse que o filho do homem não tinha nem onde repousar a cabeça, seria também endemoniado? Aliás, nos evangelhos vemos inclusive várias vezes os fariseus o chamando disso. Ele mesmo disse: "Se chamam o dono da casa de belzebu, o que não dirão de seus servos"

Então realmente é incoerente essa linha de raciocinio de alguns irmãos. Eu não ajudo o mendingo porque ele pode gastar minha oferta com pinga. Mas ajudo o meu pastor, mesmo que ele pode fazer e faz pior, porque pelo menos eu fiz minha parte. O critério não deveria ser igual nos dois casos? Se ajuda um mesmo sabendo que ele pode fazer coisa errada com o dinheiro que ajude o outro rtambém. Ou se não se ajuda um por medo que seu dinheiro seja gasto em futilidades, que não ajude o outro também.

Realmente, é dificil imaginar o que as pessoas tem aprendido nestes templos religiosos, mas o evangelho que não é. Infelizmente, o meio religioso tornou-se cego e ignora as próprias escrituras sagradas e fazem exatamente o oposto do que o nosso messias ensinou:

"Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores."  (Tiago 2 : 9)

Shalom!

João não é o autor do quarto evangelho

JOÃO NÃO FOI O AUTOR DO QUARTO EVANGELHO

ressureição de Lazaro
Durante anos li os mais importantes comentários que existem a respeito do Evangelho de João. Até hoje, honestamente falando, nenhum deles apresentou qualquer evidência interna de que o Quarto Evangelho foi escrito por João.Os maiores doutores em Teologia e Literatura, simplesmente usam o chamado “argumento de autoridade”, para dizerem. “Não há sombra de dúvidas que o quarto evangelho foi escrito pelo apóstolo João”.
Citam a tradição oral e as deduções puramente lógicas e teológicas, mas se esquecem do principal. O próprio texto bíblico.

Todos os grandes estudiosos do grego sabem que o quarto Evangelho foi escrito em uma linguagem muito erudita e escorreita, incompatível com a cultura de um simples pescador como o era João.Existe um consenso entre muitos estudiosos da BÍBLIA que o “discípulo amado” de Jesus seria o apóstolo João.Muitos deles afirmam ser João tal apóstolo, porque é como se ele usasse tal expressão por motivo de modéstia.Analisando mais detidamente o Quarto Evangelho, podemos inferir ser outro e não João, o discípulo por quem Jesus demonstrava um amor tão especial.

No Quarto Evangelho, Capítulo 11, versículos 3 e 5, lemos: “Mandaram-lhe, pois suas irmãs dizer. Senhor, eis que está enfermo AQUELE QUE TU AMAS. Ora, Jesus AMAVA a Marta, e a sua irmã e A LÁZARO”.

Eis, pois, declarado, quem era o discípulo a quem Jesus amava. Lázaro.Não existe qualquer evidência interna ou externa que nos impeça de acreditar que Lázaro também estava assentado ao lado de Jesus durante a última Páscoa. A BÍBLIA diz no Capítulo 12 do Quarto Evangelho que Jesus assentou-se à mesa com os doze, mas silencia a respeito de quem mais estaria com ele.

Será que os discípulos e irmãs que acompanhavam Jesus, inclusive ajudando o seu ministério com seus próprios bens, deixariam de ser convidados para tão importante acontecimento? No relato desse evento, lemos. 

“Ora um de seus discípulos, AQUELE A QUEM JESUS AMAVA, estava reclinado no seio de Jesus”.

Observamos que o evangelista não falou “apóstolo”, mas “discípulo”.

É claro que, pelo contexto e por todas as evidências internas era Lázaro o discípulo a quem Jesus amava de uma forma especial.Tenho certeza que foi ele que se reclinou junto a Jesus e, sendo um confidente do Senhor, perguntou. “Senhor, quem há de te trair?”

No Quarto Evangelho 18.15 lemos. “E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote”.

João era um simples pescador do Mar da Galiléia, enquanto Lázaro era aparentemente um homem de grande importância, respeitado pelos judeus, conforme o Quarto Evangelho 11.19,31,33,36,45.

“E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca do seu irmão.

“Vendo pois os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo. Vai ao sepulcro para chorar ali.

“Disseram pois os judeus. VEDE COMO O AMAVA!

“Muitos pois dentre os judeus, que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele”.

Será que era João o amigo do sumo sacerdote que permitiu a entrada de Pedro na própria casa daquele, ficando no pátio? Um simples pescador, seguidor de Jesus, tinha assim tal amizade com a suprema autoridade do povo judeu? Não é muito mais lógico inferir que o amigo do sumo sacerdote era alguém da sua classe, alguém que, ao morrer, teve a visita deles, porque pertencia à alta sociedade dos judeus?

Veja o que diz a BÍBLIA sobre o conceito de que ele gozava.

“Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão”. (Quarto Evangelho 11.19).

É claro que alguns dos principais sacerdotes posteriormente pensaram até em matar Lázaro, mas só não o fizeram por causa do seu grande prestígio e amizade que tinha com o sumo sacerdote. (Quarto Evangelho 12.10).

Quando Jesus estava na cruz, encontramos outro relato que se refere ao discípulo “A QUEM ELE AMAVA”. Leiamos-lo.

“Ora Jesus, vendo ali sua mãe e que O DISCÍPULO A QUEM ELE AMAVA estava presente, disse a sua mãe. Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo. Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”. (Quarto Evangelho 19.26,27).

A quem Jesus confiaria o cuidado de sua mãe? Confiaria a um apóstolo que recebeu a incumbência de ir por todo o mundo, ou de ir a todas as nações, conforme os relatos de Marcos e de Mateus, ou a um homem de vida sedentária como era Lázaro, o qual tinha uma casa estabelecida em Betânia.

A quem Jesus confiaria sua mãe? A João, que seria deportado para a ilha chamada Patmos, onde ficaria em situação instável, ou a Lázaro que tinha uma situação financeira estável? Se a BÍBLIA diz claramente que os discípulos mais chegados de Jesus, os apóstolos, fugiram, como João estaria ali perto da cruz?

Não é muito mais evidente que quem estava perto da cruz era aquele que devia a vida a Jesus duas vezes? No relato da ressurreição, no Capítulo 20 do Quarto Evangelho, novamente encontramos a referência ao “outro discípulo A QUEM JESUS AMAVA”. (v.2).

Pedro entrou primeiro no sepulcro e ficou observando os lençóis e o lenço que tinha estado sobre a cabeça de Jesus. Quando o outro discípulo entrou, ele VIU E CREU (v.8). Por que? Quem mais estava tão familiarizado com aquele portentoso milagre de ressurreição, a não ser o próprio Lázaro, que fora ressuscitado também?

No final do Quarto Evangelho, descobrimos algo que traz mais provas a respeito de Lázaro ser o “discípulo amado” e não João. Vejamos.

“E Pedro, voltando-se, viu que o seguia AQUELE DISCÍPULO A QUEM JESUS AMAVA e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera. Senhor, quem é o traidor? Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus. E quanto a este? Disse-lhe Jesus. Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.

“Divulgou-se pois entre os irmãos este dito, que aquele discípulo NÃO HAVIA DE MORRER.”. (Quarto Evangelho 21.20-23).

A respeito de quem poderia ser divulgado tal dito de que não haveria de morrer? A respeito de João, sem qualquer conotação especial para isto, ou a respeito de Lázaro que havia morrido e que tinha sido RESSUSCITADO?!

Depois de todas estas considerações, podemos ainda inferir algo mais tremendo ainda. O evangelho de Marcos foi escrito por alguém que não pertencia ao chamado “colégio apostólico”. O mesmo sucede com Lucas. O evangelho atribuído a João não poderia ter tido o mesmo destino?

Em nenhum lugar do evangelho é citado o nome do apóstolo João. Aliás, em nenhum versículo do Evangelho de João encontramos o termo “apóstolo”. Não seria uma evidência de que o escritor foi um discípulo daqueles que seguiam ao Mestre e não um dos doze?

A única evidência interna apresentada por doutos exegetas a respeito da autoria de João é o versículo 24 do Capítulo 21. “Este é o discípulo que testifica destas coisas”. Este quem?

Não poderia e não existe toda a possibilidade de ter sido Lázaro o autor do quarto Evangelho? É claro que sim. E que importância teria tal descoberta? Simples e unicamente o desejo de conhecer cada vez mais e melhor o texto sagrado, nossa única regra de fé e de prática. Agora, aproveitando o mesmo tema, vamos ver mais dois casos de autoria.

Existe um consenso entre os exegetas mais ortodoxos que o livro de Deuteronômio foi escrito parte por Moisés, parte por alguém mais, provavelmente Josué, pois a descrição da morte e sepultamento de Moisés não podia ter sido escrita por ele mesmo.

No primeiro versículo de Deuteronômio, porém, a idéia que parece mais aceitável é que o livro foi todo escrito por outra pessoa, ou por outras pessoas, pois fica muito claro e estabelecido que Moisés não escreveu qualquer palavra do livro.

Por quê?

Vejamos. “São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel, DALÉM DO JORDÃO, no deserto.”. (Deuteronômio 1.1).

A expressão “dalém” dá a clara idéia de que a pessoa que a escreveu estava “aquém” do Jordão.

Como Moisés jamais atravessou o Jordão, pois Deus o proibira, o livro foi escrito AQUÉM do Jordão a respeito de Moisés, que falara DALÉM do Jordão.

Ora, se a pessoa está falando a respeito de alguém que está do lado de lá e nós sabemos que ele jamais atravessou para o lado de cá, podemos estabelecer que o livro foi escrito a respeito de Moisés e de seus discursos e não por ele próprio.

Outro interessante caso de autoria está no Salmo 72.

Nas Bíblias, Corrigida, Atualizada, Revisada e Contemporânea, no título do Salmo lemos. “Salmo de Salomão”.
O Salmo inteiro fala a respeito de eventos que realmente se assemelham a aspectos do reinado do rei Salomão. No hebraico, o que está escrito, é: “Referente a Salomão”.Está certo. O Salmo refere-se a Salomão, porém foi escrito por Davi. E o que é melhor, foi um salmo profético, semelhante a muitos outros.

Neste caso, em lugar de ostentar o título “Salmo de Salomão”, deveria trazer como epígrafe, “Salmo de Davi” ou, até mesmo, “Salmo de Davi, Referente a Salomão”.

E como podemos deduzir isto?

É simples. Basta ler o último versículo do Salmo 72 onde está escrito bem claro, para quem quiser ler, sem cochilar, as seguintes palavras. “Findam aqui as orações de Davi, filho de Jessé”.
Sobre o Autor

Por:
Paulo de Aragão Lins é pastor, escritor, jornalista, dramaturgo, poeta, teólogo, filósofo, psicanalista, comendador e conferencista nacional e internacional. Nasceu em 1942, em João Pessoa, Paraíba. Já escreveu alguns livros, quase todos versando sobre a Bíblia.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...