A QUESTÃO DE MOISÉS
Eu tenho analisado muitos argumentos a cerca da existência histórica de Moisés e tenho visto muitas falácias sobre o tema. Ontem mesmo eu li um artigo da super interessante chamado" Moisés, aquele que foi sem nunca ter existido" e achei pobre desonesto o artigo, vou mostrar no decorrer deste vídeo alguns argumentos do mesmo.
Também tenho percebido alguns argumentos que ignoram variantes e metodologia científica. Conforme eu já falei nesse canal há algum tempo, quando se ignora variantes pode se validar qualquer coisa, como eu havia citado como exemplo hipotético, todo João é gay.
A questão principal não é nem acreditar ou não que houve um Moisés, mas a forma como tem abordado o tema. Uma desonestidade cética é tão errada quanto a desonestidade religiosa.
Portanto, nesse vídeo eu vou tentar ser honesto e imparcial, mesmo que desagrade a alguns, inclusive judeus, admitindo a possibilidade mais plausível de que a história de Moisés foi floreada por autores posteriores.
O ARGUMENTO CLÁSSICO
Muitos tem argumentado que não temos evidências da historicidade de Moisés.
Recentemente na Bahia durante a reforma de um prédio, foi encontrada uma antiga estrutura, uma escadaria. Os arqueólogos não sabem dizer se era de um museu, um palacete ou de uma fazenda.
E isso em menos de quinhentos anos, já não sabíamos que tinha algo ali em baixo. O que dirá então de Moisés que estamos falando de milênios atrás. Então Moisés se situa em uma época bem mais remota, logo, temos bem menos evidências dele do que de um personagem recente.
Utilizando o mesmo argumento por exemplo, poderíamos então dizer que vários personagens da história do Brasil não existiram porque não temos quase evidências concretas, como Zumbi dos Palmares ou aleijadinho por exemplo.
Então é um argumento ingênuo ao meu ver querer evidências mais concretas ignorando-se algumas variantes:
VARIANTES
- A saga de Moisés se passa no Egito antigo, um País estrangeiro que não tinha por hábito registrar suas derrotas ou povos inimigos. Papiros eram custosos no mundo e as inscrições em pedras eram trabalhosas, logo, os Egípcios estavam mais preocupados em entalhar os grandes feitos de seus faraós que a história de um povo insurgente.
- Os Egípcios inclusive apagavam de sua história personagens desagradáveis como o Faraó Akhenaton que teve seu nome apagado pelos próprios Egípcios.
Então seria demais esperar que a saga do êxodo estivesse literalmente registrada pelos Egípcios. Se eles apagavam até a sua própria história, porque um faraó ousou ser monoteísta, que dirá a saga de um Deus monoteísta contra o Egito.
- Destruições. O Egito passou por vários períodos diferentes de sua história tendo muitas guerras e destruições. Logo muita coisa foi perdida aos milhares de anos, mesmo na história Egípcia. A Esfinge por exemplo era desconhecida há uns dois séculos atrás e só foi completamente escavada por volta de 1926.
Logo, então se não tivessem a descoberto, poderíamos dizer que nunca houve uma esfinge no Egito. Por ser uma região desértica muita coisa é encoberta pela areia, por isso a arqueologia no Egito sempre descobre muitas coisas que estavam encobertas.
Além da Areia a urbanização do Egito, obscureceu muitos sítios arqueológicos. O doutor Zahi hawaz, arqueólogo chefe do Egito tem essa urbanização como um obstáculo porque bairros inteiros foram formados onde são sítios arqueológicos, o que automaticamente esconde muita informação arqueológica importante.
Muitos dos faraós que conhecemos hoje pela arqueologia Egípcia, não existiam até uns séculos atrás.
- No Egito havia também a grande biblioteca de Alexandria, que foi um grande polo de produção cultural da época e que inspirou outras bibliotecas no mundo antigo. A biblioteca foi decaindo e sendo parcialmente destruída como no ataque de Julio Cesar em 48a.C. que incendiou parte dela, e por fim foi totalmente destruída por volta do século IV, apesar de haverem muitas teorias sobre isso.
Além destas destruições, o Egito também teve a expansão do islã, que como todos sabemos, destruíam escritos e artefatos não muçulmanos por considerarem pagãos. Até recentemente o estado Islamico destruiu um sitio arqueológico, uma das cidade mais antigas do mundo por ser arte pagã, infiel. Na expansão do Islã foi praticamente a mesma coisa. Não sabemos quanta coisa arqueológica foi destruída por ser anti Islamica.
O fator religião também tem dificultado a arqueologia acerca de Moisés no Egito como demonstrou o James Cameron no seu documentário, o êxodo decifrado. Lugares são proibidos de se fazerem estudos ou achados ou visitações por isso.
Um exemplo hipotético
Eu não conheço o estado de Goiás, já estive em uma cidade ou outra apenas. Eu posso dizer que não tem pessoas ruivas em Goiás porque eu não conheço o estado?
Não, para alguém afirmar isso teria que conhecer todo o estado e todas as pessoas, não?
Da mesma forma para alguém afirmar que Moisés existiu ou não, teria que analisar todas essas variantes e conhecer todas as fontes, inclusive as que estão enterradas ainda. Senão é leviano e prematuro afirmar algo assim baseado em crenças. E se alguém achar amanhã ou depois algo que comprove a história?
Nós não achamos recentemente o codex Sinaíticus, os manuscritos de Qnram, os manuscritos do mar morto, os apócrifos e um monte de Papiros?
Por exemplo, a bíblia e a história secular não falam quase nada sobre os essênios. Nós sabemos muito deles após esses achados. Até então era como se eles não existissem.
O codex Sinaíticos por exemplo revolucionou a teologia e até então era desconhecido.
Então esse tipo de afirmação soa tão desonesta quanto um fundamentalista que defende suas crenças, porque ignora todas as descobertas recentes.
Aliás, hoje diga-se de passagem, o revisionismo histórico já tem gerado absurdos baseados em achismos.
A DIFERENÇA ENTRE MOISÉS E JESUS
Todas essas variantes acerca de Moisés poderia se aplicar ao Jesus histórico também. A diferença é que jesus surge em uma época em que fervia de historiadores. Josefo, Plinio, Tácito, Filo, Julius Africanos, Suetônio, etc..... Fora as fontes judaicas e tradição oral.
O primeiro século foi altamente documentado e preservado. Uma historiografia completa chegou até nós, bem diferente da época de Moisés.
E como eu sempre digo, a teologia também é uma ciência e deve ser honesta independente de crença. Se amanhã ou depois descobrirem documentos como esses manuscritos, que atestem a historicidade de Jesus, como teólogos, todos teremos que aceitar.
Então o contexto histórico em que se situa a história de Moisés é muito, muito diferente do contexto da história de Jesus. estamos falando de um personagem heróico lendário de muitos milênios atrás, deixando um País inimigo rumo ao deserto. Não tem comparação com a época de Jesus históricamente.
O problema é que quando se envolve crença ou não crença, os dois lados, religiosos e ateus, tendem a colocar tudo no mesmo balaio. Os que defendem o Moisés histórico usam os mesmos critérios que usam para defenderem a existência de Jesus e os que negam também. Aí é complicado porque são personagens diferentes de épocas diferentes.
Se a arqueologia se resumisse a isso: "Ah não tem evidências logo não existe" então boa parte da história da humanidade seria uma farsa, inclusive Platão.
Então vamos começar a analisar o Moisés histórico baseados no que nós temos hoje, no que chegou até nós.
O NOME EGÍPCIO
O artigo da revista super interessante argumenta que o fato do nome de Moisés ser Egípcio seria uma prova de que os hebreus simplesmente adaptaram a história de um personagem Egípcio ou, deram um nome Egípcio para exaltar a auto estima do povo de que eles venceram uma poderosa nação da época.
O nome de Moisés é de fato Egípcio, MSÉZ, que siginifica literalmente filho. Como RaMzés, filho de rá ou TutMozés filho de tuti e assim por diante. Só que no caso de Moisés não tem o nome da divindade, apenas o sufixo que significa filho.
Aramaico bar é filho, logo barkova filho de cova, barjonas filho de Jonas, Barnabé filho de nabé
Inglês, Son é filho, Peterson filho de Petter, Emerson filho de Emer e assim por diante
Egipcio Moses é filho, Tut moses filho de Tut, Ramoses filho de Rá
O artigo chega a insinuar que os hebreus talvez por desconhecerem o idioma Egípcio não perceberam esse equivoco e deixaram Moisés com esse nome.
O problema é que na versão hebraica das escrituras, não é omitido que Moisés teve sim um nome Egípcio porque ele foi adotado pela filha do faraó.
"E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado"
Êxodo 2:10
Termutis, vendo-o cheio de tanta graça e não tendo filhos, resolveu adotá-lo. Levou-o ao rei, seu pai, e, depois de falar-lhe da beleza do menino e da inteligência que já se manifestava nele, disse: "Foi um presente que o Nilo me fez, de maneira admirável. Recebi-o em meus braços, resolvi adotá-lo e vo-lo ofereço como sucessor, pois não tendes filhos". Com essas palavras, ela o colocou entre os braços do rei, que o recebeu com prazer e, para obsequiar a filha, estreitou-o nos braços, colocando-lhe o diadema sobre a cabeça" (Josefo)
Então quem deu o nome de Moisés foi a filha do faraó e podemos pressupor que havia o nome de uma divindade junto a Moisés. Como ele foi tirado das águas, ouso a supor que seria o deus hapi e que seu nome deveria ser Hapimoses, e que depois que descobriu que era hebreu, adotou apenas o sufixo do nome.
JOSEFO
Josefo concorda com a versão bíblica de que Moisés significa tirado das águas:
A princesa ordenou-lhe que criasse o menino com todo cuidado e chamou-o Moisés, isto é, "salvo das águas", como sinal de um estranho acontecimento, pois mo, em língua egípcia, significa "água", e isés, "preservado". A predição divina realizou-se inteiramente nele, pois Moisés tornou-se a maior personagem que jamais existiu entre os hebreus. Era o sétimo desde Abraão, porque Anrão, seu pai, era filho de Coate, Coate era filho de Levi, Levi era filho de Jacó, jacó era filho de Isaque e Isaque era filho de Abraão.
A origem do nome entre alguns eruditos apontam para a origem egípcia, sem o elemento teofórico, més ou na forma grega, mais divulgada, mósis, deriva da raiz substantiva ms criança ou filho, correlata da forma verbal msy, que significa "gerar". Note-se que na língua egípcia, à semelhança de outras do Oriente Próximo, a escrita renunciava ao uso das vogais. Més significa assim "gerado", "nascido" ou "filho". Tome-se como exemplo os nomes dos faraós Amósis, que significa "filho de [deus] Amon-Rá", Tutemés, significando "filho de deus Tote, ou ainda Ramessés, que seria "Filho de Rá".
Semitas que alcançaram posições de destaque na hierarquia social egípcia receberam o nome Més, como Ramsès-Kha-em-neterou e Ramsesempere, envolveram-se em em revoltas de escravos ou em tramas da corte
Os Egípcios eram uma nação poderosa na época. Inclusive o artigo da revista cita que toda a região de Canaã era submetida ao julgo Egípcio, o que pode ter originado inclusive segundo o artigo, a lenda de um principe guerreiro.
O que seria estranho é uma nação extremamente pequena e militarmente frágil na época, confrontar uma nação bem mais poderosa e que a oprimia gratuitamente. Se Moisés fosse meramente uma construção hebraica, o mais natural seria que os hebreus bajulassem os Egípcios em troca de proteção e não ao contrário.
Aliás, muitos dos costumes hebreus eram justamente para afrontar os deuses Egípcios, como o cordeiro de Páscoa por exemplo, que era uma afronta ao deus Amom que era representado assim com um corpo de leão e uma cabeça de cordeiro como podemos ver em seu templo em Tebas:
Como o judaísmo surge como um antagônismo a essas crenças, era natural eles fazerem este tipo de coisa para mostrar ao povo que estes deuses pagãos temidos não eram nada.
E mesmo se nós considerarmos a hipótese de Moisés ser uma construção, ele surge como um antagônismo aos ritos Egípcios.
O LIVRO DA LEI E A REFORMA DE JOSIAS
Um argumento interessante mostrado no artigo da super interessante é a de que Moisés teria sido uma construção do rei Josias.
O rei Josias segundo a própria bíblia, durante seu reino sacerdotes encontram o livro da lei que havia se perdido. O rei percebe que a idolatria havia contaminado seu povo e promove uma reforma religiosa. manda destruir as imagens inclusive que haviam no templo, e os postes ídolos. Faz uma leitura do livro da lei e faz com que todo o povo se volte ao monoteísmo. Inclusive segundo o artigo e acadêmicos, esse livro seria o livro de deuteronômio, provavelmente o único livro realmente escrito por Moisés. Vamos falar mais sobre isso.
Segundo o artigo, ele levanta a hipótese do próprio rei junto com escribas ter escrito esse livro. Ele argumenta que Judá já era um reino dividido e que o rei queria fazer uma unidade nacional afim de se proteger contra nações inimigas.
A história do rei Josias é narrada em dois livros paralelos, no livro de reis e crônicas.
"Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu"
2 Reis 22:8
Só que Josias não foi o primeiro Rei de Judá, na verdade foi o 16°. Logo o mesmo autor desses livros narrou de forma resumida a história de quinze reis anteriores.
Então vamos supor que estes livros sejam farsas para validar a história de Josias. ok
Na hipótese da fonte Q dos evangelhos sinóticos, o que nós vimos? Que pessoas podem narrar o mesmo fato de formas diferentes sem mudar o fato. Já duas pessoas narrando fatos exatamente da mesma forma, seria humanamente impossível.
Logo, os sinóticos tem esse problema porque parecem um copiado do outro:
Já nos livros históricos que narram basicamente o mesmo período, nós não encontramos esse paralelo exato como nos sinóticos e diferenças substanciais com os demais livros da bíblia:
Estilo narrativo:
"Porém não se pediu conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade. Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu"
2 Reis 22:7,8
"E, tirando eles o dinheiro que se tinha trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o livro da lei do Senhor, dada pela mão de Moisés.E Hilquias disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã"
2 Crônicas 34:14,15
Outros exemplos:
"Contudo enviou o rei da Assíria a Tartã, e a Rabe-Saris, e a Rabsaqué, de Laquis, com grande exército ao rei Ezequias, a Jerusalém; subiram, e vieram a Jerusalém. E, subindo e vindo eles, pararam ao pé do aqueduto da piscina superior, que está junto ao caminho do campo do lavandeiro"
2 Reis 18:17
"Então o rei da Assíria enviou a Rabsaqué, de Laquis a Jerusalém, ao rei Ezequias, seu copeiro mór, e ele parou junto ao aqueduto do açude superior, junto ao caminho do campo do lavandeiro"
Isaías 36:2
"E tomou-lhe Davi mil carros e setecentos cavaleiros e vinte mil homens de pé; e Davi jarretou a todos os cavalos dos carros, e reservou deles cem carros"
2 Samuel 8:4
"E Davi lhe tomou mil carros, e sete mil cavaleiros, e vinte mil homens de pé; e Davi jarretou todos os cavalos dos carros; porém reservou deles para cem carros"
1 Crônicas 18:4
"Os filhos de Zatu, novecentos e quarenta e cinco"
Esdras 2:8
"Os filhos de Zatu, oitocentos e quarenta e cinco"
Neemias 7:13
Essas pequenas diferenças mostram que eram livros escritos de memória e não um tendo o outro como base. Eram livros independentes. Então seria forçoso demais acreditar que toda essa parte histórica tenha sido forjada no período do rei Josias. Se fossem livros como os sinóticos tendo um o outro como base, logo, poderíamos admitir essa hipótese, mas não é o caso. Eles são mais o reflexo de um período.
E os demais livros históricos como o de Juízes que narra todo um período pré monárquico?
E o paleo hebraico?
O MONOTEÍSMO HEBREU
O artigo diz que Israel nem sempre foi monoteísta e que o monoteísmo só surge após o rei Josias. Evidências arqueológicas como artefatos que mencionam deus e asherá foram achados reforçando essa teoria.
Conforme nós já vimos em vídeos anteriores, não é nenhum segredo que os israelitas seguiram sim outros deuses. Mas isso não significa que fossem uma nação politeísta.
É o mesmo que uma geração futura por exemplo, encontrar hoje no Brasil vestígios de que muitos cristãos pulavam ondas para Yemanjá na praia. Isso não significa que todo cristão faça isso ou seja henoteísta só porque alguns fazem. Então quando se remonta ao passado, deve se considerar esses fatores.
Da mesma forma, há uma desonestidade nesses argumentos. Vamos começar com Asherá, ela está na bíblia, logo, seria muito estranho se o rei Josias quisesse fazer uma reforma religiosa mantendo o nome de uma divindade pagã nos escritos e dizendo que ela foi sim cultuada. O mais natural seria que ele apagasse seu nome ao invés de combate-lo:
Asherá aparece quarenta vezes na bíblia hebraica:
"E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus; e serviram aos baalins e a Astarote"
Juízes 3:7
וַיַּעֲשׂ֨וּ בְנֵי־ יִשְׂרָאֵ֤ל אֶת־ הָרַע֙ בְּעֵינֵ֣י יְהוָ֔ה וַֽיִּשְׁכְּח֖וּ אֶת־ יְהוָ֣ה אֱלֹֽהֵיהֶ֑ם וַיַּעַבְד֥וּ אֶת־ הַבְּעָלִ֖ים וְאֶת־ הָאֲשֵׁרֽוֹת׃
"Então os filhos de Israel tiraram dentre si aos baalins e aos astarotes, e serviram só ao Senhor"
1 Samuel 7:4
וַיָּסִ֙ירוּ֙ בְּנֵ֣י יִשְׂרָאֵ֔ל אֶת־ הַבְּעָלִ֖ים וְאֶת־ הָעַשְׁתָּרֹ֑ת וַיַּעַבְד֥וּ אֶת־ יְהוָ֖ה לְבַדּֽוֹ׃ פ
E em outras referências sem citar o nome:
"Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus, e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos pela espada e pela fome"
Jeremias 44:18
"E quando nós queimávamos incenso à rainha dos céus, e lhe oferecíamos libações, acaso lhe fizemos bolos, para a adorar, e oferecemos-lhe libações sem nossos maridos?"
Jeremias 44:19
EL
El (em hebraico: אל; transl.: Ēl) era um deus cananita, entendido pelos cananeus como seu deus criador, e que também foi cultuado pelas tribos hebraicas que se assentaram no norte da Palestina.
EL é apenas um título na língua hebraica que era aplicado tanto ao deus de Israel quando a deuses pagãos, significa literalmente, poderoso, Deus.
Exemplos:
"E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo"
Gênesis 14:18
"Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra"
Gênesis 14:22
18 וּמַלְכִּי־ צֶ֙דֶק֙ מֶ֣לֶךְ שָׁלֵ֔ם הוֹצִ֖יא לֶ֣חֶם וָיָ֑יִן וְה֥וּא כֹהֵ֖ן לְאֵ֥ל עֶלְיֽוֹן׃
22 וַיֹּ֥אמֶר אַבְרָ֖ם אֶל־ מֶ֣לֶךְ סְדֹ֑ם הֲרִימֹ֨תִי יָדִ֤י אֶל־ יְהוָה֙ אֵ֣ל עֶלְי֔וֹן
Títulos semelhantes eram aplicados a divindades diferentes porque eram apenas títulos.
El shaday, El elion, Eloah etc.... DOUTOR
Como esse povos eram próximos a sua língua também eram próximas, e provavelmente da mesma origem, então era comum usarem o mesmo título para se referir a Deus. Assim como por exemplo em Português e Espanhol usamos praticamente o mesmo título, Deus, Dios.
Baal
Baal significa senhor, marido, e também era o nome de uma divindade pagã. A mesma que o profeta Elias combateu e também foi um título aplicado ao Deus de Israel:
"E tiraram as estátuas da casa de Baal, e as queimaram"
2 Reis 10:26
26 וַיֹּצִ֛אוּ אֶת־ מַצְּב֥וֹת בֵּית־ הַבַּ֖עַל וַֽיִּשְׂרְפֽוּהָ׃
"E naquele dia, diz o SENHOR, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor"
Oséias 2:16
16 וְהָיָ֤ה בַיּוֹם־ הַהוּא֙ נְאֻם־ יְהוָ֔ה תִּקְרְאִ֖י אִישִׁ֑י וְלֹֽא־ תִקְרְאִי־ לִ֥י ע֖וֹד בַּעְלִֽי׃
O MITO DE SARGÃO
Moisés era hebreu, mas não escravo, segundo a Bíblia, porque foi encontrado em um cesto em rio pela filha do faraó, que o adotou.
O egiptológo Jim Hoffmeier, autor de Israel Antigo no Sinai (Oxford University Press, 2005) explica que esta prática era comum no Egito Antigo e que persiste de certa forma até os dias de hoje.
"Era uma forma antiga de colocar uma criança à mercê do destino determinado pelos deuses. Hoje, colocamos bebês em cestos e os deixamos na porta de igrejas", afirma Hoffmeier.
A história da primeira infância de Moisés ainda compartilha muitas semelhanças com um antigo mito da Babilônia de um rei chamado Sargon, que foi encontrado em um cesto boiando em um rio.
Entre 600 e 300 a.C., escribas judeus em Jerusalém registraram as lendas e histórias antigas de seu povo, para que fossem passadas de geração em geração.
Eles teriam se baseado no mito de Sargon para criar a história de Moisés? É uma teoria possível, pois os judeus foram capturados pelos babilônios em 587 a.C e mantidos em exílio por algum tempo. Neste momento, o mito de Sargon poderia ter servido de base para o relato sobre o profeta.
Hoffmeier ainda explica que seria normal a adoção de Moisés pela filha do rei. Registros deixados pelos faraós mostram que os palácios tinham creches onde os filhos da realeza eram educados e que crianças estrangeiras também eram trazidas para participar.
"Nesta época em que supomos que viveu Moisés, crianças que não faziam parte da nobreza passaram a poder integrar estas instituições, assim como os filhos de reis estrangeiros, que eram levados para elas para aprender a ler e escrever", diz Hoffmeier.
Teria sido simples para filha do faraó, segundo o especialista, colocar um bebê encontrado por ela em uma destas creches.
“Sargão, rei forte, rei de Akkad [Acádia], eu sou. A minha mãe era uma sacerdotisa, o meu pai, não sei. A minha família paterna habita a região da montanha. A minha cidade [de nascimento] é Azupiranu, que fica na margem do rio Eufrates. A minha mãe, uma sacerdotisa, concebeu-me, em segredo. Ela colocou-me numa cesta de junco, com betume ela calafetou a minha escotilha. Ela abandonou-me no rio do qual eu não podia escapar. O rio levou-me até Aqqi. Aqqi, o carregador de água ergeu-me quando mergulhou o seu balde. Aqqi, o carregador de água, criou-me como sendo seu filho adotivo. Aqqi, o carregador de água, colocou-me a trabalhar no seu jardim. Durante o meu trabalho no jardim, Ishtar amou-me de modo que durante 55 anos governei como um rei.” (Citação resumida de A lenda de Sargão, de Brain Lewis.)
A história do nascimento e da infância de Sargão é listado na "lenda de Sargão", um texto sumério que alega ser a biografia do monarca. As versões mais antigas estão incompletas, porém os fragmentos restantes dão o nome de seu pai como La'ibum. Depois de uma lacuna, o texto pula para Ur-Zababa, rei de Quixe, que acorda depois de um sonho, cujo conteúdo não é revelado na parte restante das tabuletas que contêm o texto. Por motivos desconhecidos, Ur-Zababa indica Sargão como seu serviçal. Pouco tempo depois, Ur-Zababa convida Sargão aos seus aposentos, para discutir um sonho que este havia tido, que envolvia o favor da deusa Inana e o afogamento de Ur-Zababa pela deusa. Profundamente assustado, Ur-Zababa ordena que Sargão seja assassinado pelas mãos de Beliš-tikal, o ferreiro-mor, porém Inana consegue impedir, exigindo que Sargão pare diante de seus portões por estar "poluído com sangue". Quando Sargão retorna a Ur-Zababa, o rei se assusta novamente, e decide enviar Sargão ao rei Lugalzagesi, de Uruque, com uma mensagem numa tabuleta de argila, pedindo-lhe que matasse Sargão.[5] O relato da lenda é interrompido neste ponto; presumivelmente as seções que faltam indicariam como Sargão se tornou rei
O vasto império de Sargão teria se estendido de Elam ao mar Mediterrâneo, incluindo toda a Mesopotâmia, partes dos atuais Irã e Síria, e possivelmente partes da Anatólia e da península Arábica. Governou a partir de uma nova capital, Acádia, que a lista de reis sumérios alega ter sido construída por ele (ou possivelmente reformada), situada na margem esquerda do Eufrates. Sargão é o primeiro indivíduo registrado na história a ter criado um império multiétnico governado a partir de um centro, e a sua dinastia governou a Mesopotâmia por cerca de um século e meio.
O mito de Sargão parece ser inspirado em um personagem real que originou toda uma dinastia inclusive. Ele governou durante anos a mesopotâmia. A única semelhança com Moisés é o fato dele ter sido colocado em um cesto de junco, o que era bem comum na época. Historiadores nos relatam que bebês que eram desprezados eram colocados em cestos de juncos em rios ao invés de aterros.
Outro problema dessa teoria além da pouca ligação,é a questão de datação. Apesar desse e outros artigos alegarem que o mito de Moisés é posterior ao de Sargão, não há nenhuma evidência real disso, de que a saga do êxodo seja posterior. E, o mais controverso é que a maioria que alega isso, geralmente alega que o monoteísmo hebreu começou com rei Josias que é bem anterior ao cativeiro Babilônico, logo, não teria como o rei Josias ter adaptado a história de Moisés de Sargão que só seria conhecido na Bailônia.
Outro problema é que o mito de Sargão inspirou toda uma dinastia na mesopotâmia então seria idiotice os hebreus criarem um mito em cima de um mito já amplamente conhecido. Seria um tiro no pé igual ao novo testamento que surge tendo como base o velho testamento.
Eu, particularmente acho pouco demais apenas um cesto de junco como ligação. Até histórias como por exemplo a de yeshua bem Pandira e Jesus tem bem mais pontos em comum. Então que cada um tire suas conclusões,
Fora que antes de haver o hebraico da Bailônia havia o proto hebraico, então acreditar que a história dos hebreus só começa a ser escrita na babilônia por escribas, é ignorar o proto hebraico. Os hebreus adotaram a versão moderna do hebraico, utilizando as letras quadráticas porque era mais fácil e mais elegante, o que não significa que não tenha uma origem anterior.
O ARGUMENTO SABINO
O professor Fábio Sabino tem um vídeo interessante onde ele mostra algumas evidências arqueológicas que contestam a narrativa do êxodo. Ele mostra que segundo os Egiptólogos não era comum uma princesa Egípcia se banhar nas margens do Nilo porque era uma água barrenta. Na verdade as princesas tinham um tipo de banheira com água tratada para isso, e segundo a bíblia a princesa o fez:
"E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou"
Êxodo 2:5
Mas segundo Josefo foi diferente a história:
"Como o berço flutuasse ao sabor das águas, Termutis, filha do rei, que passeava pela margem do rio, avistou-o e ordenou a alguns dos que a acompanhavam que a nado fossem buscá-lo. Trouxeram-no, e ela ficou tão encantada com a beleza da criança que não se cansava de contemplá-la. Resolveu então tomar o menino aos seus cuidados e mandar educá-lo. De sorte que, por um favor de Deus assaz extraordinário, ele foi criado no mesmo lugar onde queriam a sua morte e a ruína de sua nação"
A HIPÓTESE HICSOS
Conforme vimos no primeiro vídeo deste tema, uma série de fatores dificultam haver muitas evidências arqueológicas de Moisés e do êxodo. Mas, existem hipóteses hoje bem plausiveis e uma delas é a de que os antigos hebreus eram na verdade os Hicsos.
Durante o Médio Império Egípcio (2000 a 1580 a.C.), o Egito vivia uma disputa política entre o Faraó e a elite religiosa. Por volta do século XVIII a.C. a pressão contra a autoridade do Faraó estabeleceu um grave desacordo, sendo que muitos membros da nobreza, em desafio, permitiram que povos estrangeiros adentrassem o território egípcio, povos que não eram bem vindos, chamados de “vagabundos das areias.
Esses povos eram instalados na região do Delta do Nilo, norte do Egito, para que não tivessem acesso nem contato com a parte rica e civilizada do país, evitando a miscigenação com a população natural. Entre esses povos semitas estariam os filhos de Jacó, os Hebreus e também uma civilização de origem asiática, os Hicsos. Segundo alguns pesquisadores essa chegada se deu devido a uma enorme seca em seu lugar de origem. Podemos então concluir que esses povos se deslocaram até o nordeste da África para fugir da seca, da fome e usufruir das terras e dos mananciais disponíveis.
É entendido que os Hicsos foram uma multidão de povos asiáticos do corredor sírio-palestino e dos desertos próximos que preenchiam progressivamente o Delta do Nilo, a procura de alimentos. A época consiste principalmente na substituição de governantes e na forma de governo.
"E não havia pão em toda a terra, porque a fome era muito grave; de modo que a terra do Egito e a terra de Canaã desfaleciam por causa da fome. Então José recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egito, e na terra de Canaã, pelo trigo que compravam; e José trouxe o dinheiro à casa de Faraó"
Gênesis 47:13,14
Possivelmente a conexão mercantil era de semitas e a conexão tecno-militar, de indo-europeus que migraram do vale do Indo; os hicsos no começo eram mais uma associação de povos e um acontecimento tecnológico e cultural, mais do que conquistadores militares propriamente ditos. Em Hakasu: pastores, estrangeiros e nômades.
Enquanto o Egito era tomado por disputas políticas, os Hicsos desenvolveram a sua economia e sociedade, além de formar um exército muito bem armado, com armas resistentes e cavalos de guerra. Dessa forma, quando iniciaram o processo de dominação contra os egípcios não tiveram dificuldade de vencer as instáveis forças que controlavam a região do Delta do Nilo.
Após se firmarem politicamente no Egito, os Hicsos decidiram fixar a capital do Baixo Egito na cidade de Avaris, enquanto a dinastia de Faraó mudou sua capital para Tebas, no Alto Egito, para garantir assim o controle da região sul. Essa divisão política permaneceu por quase um século estável, graças ao bom convívio entre os dois governos no Vale do Rio Nilo, mas sofreu um forte abalo por conta de uma rixa aparentemente banal, segundo documentos desse período. Os relatos dizem que muitas dessas brigas aconteciam porque Os Hicsos tentavam legitimar e estender seus poderes, adotando várias das tradições e costumes desenvolvidos pelos egípcios, por outro lado os egípcios não se conformavam com a perda de uma rica e significativa parcela de seus domínios.
O termo grego Hicsos deriva do egípcio Hik-khoswet, que significa "governantes de países estrangeiros". O historiador judeu Flavio Josefo, em sua réplica a Apião (c. 20 a.C. - c. 45—48 d.C. que foi um gramático e estudioso de Homero , Nasceu no oásis de Siwa, no Egito e viveu na primeira metade do século I.), citando Maneton (sacerdote egípcio e historiador do Século III a.C.), preferiu converter “governantes de países estrangeiros“ em “pastores cativos“, em uma passagem não fidedigna de uma obra perdida de Maneton. Assim associou os hicsos com os israelitas diretamente, conquistando o Egito sem batalha, destruindo cidades e os templos dos deuses e provocando matança e destruição, fixando-se na região do delta do Nilo.
Josefo
85. Êxodo 1. Como os egípcios são naturalmente preguiçosos e voluptuosos e só pensam no que lhes pode proporcionar prazer e proveito, eles olhavam com inveja a prosperidade dos hebreus e as riquezas que estes conquistavam com o trabalho. Conceberam mesmo certo temor pelo aumento do número deles. Tendo o tempo apagado a memória das obrigações que todo o Egito devia a José e tendo o reino passado a outra família, eles começaram a maltratar os israelitas e a oprimi-los com trabalhos. Empregaram-nos em cavar vários diques para deter as águas do Nilo e diversos canais para conduzi-las. Faziam-nos trabalhar na construção de muralhas para cercar as cidades e levantar pirâmides de altura prodigiosa, obrigando-os até mesmo a aprender, com dificuldade, artes e diversos ofícios. Quatrocentos anos* assim se passaram, com os egípcios procurando sempre destruir a nossa nação, e os hebreus, ao contrário, esforçando-se por vencer todos esses obstáculos.
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* O artigo 96 fala de apenas 215 anos, que é a opinião dos rabinos.
"E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra. E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés. Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza"
Êxodo 1:8-14
Os egípcios, por fim, em uma guerra com 480 mil homens cercando Avaris, derrotaram os hicsos em combate. Eles chagaram a um acordo que permitiu que os hicsos deixassem o país sem sofrer danos, levando suas famílias e seus bens, e indo então para a Judéia onde fundaram Jerusalém.
Foi assim, que por volta de 1580 a.C, no governo do faraó Ahmose I, os conflitos militares contra os hicsos se intensificaram, com o intuito de recuperar a unidade política do antigo Egito, tiveram que superar duas frentes de batalha: uma ao norte comandada pelos hicsos e outra ao sul sob liderança dos núbios, povo que cooperou militarmente em favor dos hicsos. Após a vitória o Novo Império (1580 a 525 a.C) inaugurou uma nova etapa na supremacia egípcia.
No passado, a maioria dos pesquisadores, especialmente cristãos, relacionavam o Faraó do êxodo com Ramessés II, que viveu na XIX dinastia e é um dos monarcas mais conhecidos na história egípcia; isto, por este Faraó ser conhecido como fundador da cidade de Pi-Ramessés, onde julgava-se tratar da cidade celeiro mencionada na bíblia em êxodo 1.11. Entretanto pesquisadores modernos concordam que a menção do nome Ramessés na bíblia não é um indício forte o bastante para a localização do Êxodo na XIX dinastia. Com base em textos como I Reis 6:1, que datam o reinado de Salomão a cerca de 480 anos após o Êxodo, ele teria de ter ocorrido antes de Ramessés II. Conforme novas pesquisas e descobertas realizadas pela arqueologia e a egiptologia, o faraó mais considerado como o do Êxodo é Tutemés III, o que coloca a chegada dos hebreus no Egito no período dos governantes hicsos, que também eram semitas.
Tácito
Segundo Públio Cornélio Tácito, durante o reinado de Bócoris houve uma praga no Egito que causava deformidades físicas. O rei foi ao Oráculo de Amon, e recebeu como resposta que deveria deixar os hebreus irem , um povo odiado pelos deuses, do Egito. Os hebreus foram reunidos no deserto e foram salvos por um deles, chamado Moisés, que os aconselhou a não confiar nos deuses e nos homens,mas apenas em Deus
Estela de Ahmoses
Essa estela menciona uma tempestade forte como nunca antes, nas terras do Egito, acompanhada de extrema escuridão. A Bíblia fala exatamente a mesma coisa "Eis que amanhã por este tempo farei chover saraiva mui grave, qual nunca houve no Egito, desde o dia em que foi fundado até agora." Êxodo 9:18. Ahmose viveu na época de Moisés, conclui-se que o Faraó do Êxodo foi o próprio, e não Ramsés como os críticos amam situar .
Na historia o Faraó Ahmose é famoso por expulsar um povo estrangeiro do Egito. Por volta de 1550 antes a.C., o Egito era governado por pessoas que os antigos chamavam de Hicsos, inclusive o Faraó da época de José foi um desses, que vieram juntos na época da fome e invadiram o Egito (no caso, não os Hebreus, mas outros povos vizinhos), A historia egípcia afirma claramente que os Hicsos que governavam Avaris eram semitas como os israelitas e que partiram em massa em um Êxodo conhecido como: "A expulsão dos Hicsos". Esse relato está dentro da visão dos arrogantes Egípcios.
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Como o esboço ficou grande eu decidi dividir em partes, em breve eu concluo e faço outra postagem da segunda parte.
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