terça-feira, 4 de dezembro de 2018

PREGADORES DO APOCALIPSE


Pregadores do apocalipse

Desde o primeiro século existem pregadores do apocalipse que pregam que o apocalipse e o retorno de jesus seriam na sua época. Sempre atraem muitos, e prejudicam muitos.


Século I – os primeiros cristãos esperavam a segunda vinda de Cristo na geração seguinte à sua morte.
1260 – o místico italiano Joaquim de Fiore determinou que o reinado de Cristo sobre a Terra começaria entre 1200 e 1260. Depois do erro, seus seguidores revisaram a data para 1290, e depois, para 1335.
1504 – o pintor Sandro Botticelli acreditava que o reinado de Cristo sobre a Terra começaria em até três anos e meio depois de 1500.
1533 – o anabatista Melchior Hoffman previu que apenas 144 mil pessoas seriam salvas na segunda vinda de Cristo, que começaria em Estrasburgo. O restante da humanidade seria consumida pelo fogo.
19 de outubro de 1533 – o matemático Michael Stifel calculou que o Juízo Final começaria às 8h deste dia.
1892-1911 – o piramidologista Charles Piazzi Smyth concluiu, a partir dos estudos das dimensões da Pirâmide de Gizé, que Cristo voltaria entre 1892 e 1911.
1901 – a Igreja Católica Apostólica, fundada em 1831, avisou que Jesus voltaria quando seus 12 fundadores estivessem mortos. O último morreu em 1901.
1982 – O fundador da Coalizão Cristã, Pat Robertson, informou seus seguidores que o Juízo Final aconteceria até o final de 1982.

Profecias
365 – o Bispo de Poitiers anunciou que o mundo acabaria naquele ano.
500 – Hipólito de Roma, Sexto Júlio Africano e Santo Ireneu de Lyon previram o fim do mundo para este ano.
799–806 – São Gregório de Tours calculou que o fim do mundo aconteceria entre 799 e 806.
800 – Depois de ter errado sua primeira previsão, Sexto Júlio Africano refez seus cálculos e cravou o fim do mundo para o ano 800. Errou de novo.
5 de abril de 1534 – Jan Matthys previu que o Apocalipe aconteceria naquele dia, e que apenas a cidade de Münster, na Alemanha, seria poupada.
1537 – o astrólogo francês previu quatro possíveis datas para o fim do mundo: 1537, 1544, 1801 e 1814. Errou todas.
1600 – o mundo acabaria até 1600, acreditava Martinho Lutero
1814 – Joanna Southcott, de 64 anos, anunciou que estava grávida do menino Jesus, e que ele nasceria no Natal de 1814. Ela morreu justamente no dia que o bebê era esperado, e a autópsia provou que ela não estava grávida.
1843 – o fazendeiro William Miller, depois de anos de estudo, concluiu que a destruição do mundo estava prevista na Bíblia e acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Ele arrematou vários seguidores, que decidiram que a data seria no dia 22 de outubro de 1844. Como o mundo não acabou, e vários seguidores se desfizeram de seus bens, surgiu o movimento que ficou conhecido como Grande Desapontamento, e alguns de seus ex-seguidores fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Julho de 1999 – interpretações de um dos textos atribuídos a Nostradamus davam conta de que o fim do mundo estava marcado para este mês (“o ano de 1999, sétimo mês / do céu virá um grande rei do terror”)
2008 – o ministro Ronald Weinland, da Igreja de Deus, disse que centenas de milhões de pessoas morreriam a partir de 2006 e que começaria o “pior momento da história humana”. Ele previu também que no outono de 2008, os Estados Unidos deixariam de ser uma potência e não existiriam mais."
2011 – Harold Camping previu o fim do mundo e uma série de terremotos devastadores a partir de 21 de maio de 2011. Segundo ele, apenas 3% da população mundial iria para o céu. Ao errar a data, ele reviu a data para 21 de outubro do mesmo ano e alegou que o que ocorreu em maio foi um “julgamento espiritual” que preparava para o grande dia.


Datas simbólicas
389 a.C – os romanos temiam que a cidade que era o centro do Império Romano fosse destruída neste ano, o que representaria o fim da civilização moderna. A queda de Roma aconteceu em 476 d.C.
992–995 – a Sexta-feira Santa coincidiu com a Anunciação do Senhor, o que, para muitos cristãos, era sinal da vinda do Anticristo no prazo de até três anos.
1º de janeiro de 1000 – cristãos europeus acreditaram que a virada do milênio traria o fim do mundo
1033 – o Apocalipse aconteceria no milésimo ano da morte de Jesus Cristo. Esta previsão foi revista, e muita gente acredita que a volta de Jesus está marcada para 2033.
1284 – o Papa Inocêncio III previu que o mundo acabaria no ano que marca os 666 anos do surgimento do islamismo
1555 – o teólogo francês calculou que a humanidade já existia há 6845 anos, e que não passaria dos 7 mil anos de existência.
1656 – alguns cristãos acreditavam no fim do mundo para esta data, já que este é o suposto número de anos entre a criação e o dilúvio, de acordo com a Bíblia.
1658 – Cristóvão Colombo concluiu que o mundo foi criado em 5343 a.C e duraria 7 mil anos. Logo, ele terminaria em 1658 – ele não contou o ano 0.
2000 – a virada do milênio seria o marco do juízo final, e a tecnologia teria relação com isso. Na década de 7, imaginava-se que os computadores poderiam entrar em colapso por não saber identificar a diferença entre as datas 1900 e 2000. Este erro de cálculo levaria ao caos e desencadearam teorias como apagões e holocaustos nucleares. A previsão ficou conhecida como bug do milênio.

Fenômenos naturais
79 – o filósofo romano Sêneca previu que a Terra iria se transformar em cinzas: “Tudo o que vemos e admiramos hoje vai queimar no fogo universal, que inaugura um mundo justo, novo e feliz”. Aí veio a erupção do vulcão Vesúvio, que soterrou Pompéia, e levou muitos romanos a acreditarem que era o começo do fim.
1186 – João de Toleto previu o fim a partir de um alinhamento de vários planetas.
1º de fevereiro de 1524 – o fim do mundo começaria a partir de uma enchente em Londres. No dia, nem choveu.
20 de fevereiro de 1524 – um alinhamento dos planetas em Peixes foi interpretado pelo astrólogo Johannes Stöffler como fim dos tempos.
5 de abril de 1719 – o matemático Jacob Bernoulli previu que um cometa se chocaria contra a Terra neste dia.
1780 – moradores da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, pregaram o fim do mundo quando uma tempestade de neve escura caiu na região. O fenômeno ocorreu por causa da fumaça das queimadas das florestas, neblina e tempo encoberto.
1805 – o ministro presbiteriano Christopher Love previu a destruição da terra depois de um terremoto, seguido por uma era de paz onde Deus seria conhecido por todos
1910 – em 1881, o astrônomo Camille Flammarion descobriu que as caudas dos cometas incluem um gás mortal chamado cianogênio. E aí a passagem do cometa Halley, em 1910, virou verdadeiro motivo de pânico coletivo. O medo era que a humanidade fosse intoxicada pelo gás mortal que vinha na cauda do cometa.
29 de abril de 1988 – de novo, o cometa Halley. Desta vez, Leland Jensen previu que ele seria puxado para a órbita da Terra nesta data, causando grande destruição.
5 de maio de 2000 – Richard Noone previu que um alinhamento dos planetas no céu faria com que uma espessa camada de gelo congelasse todo o planeta.

Eventos
66-70 – os essênios, uma seita judaica que existiu na Palestina, esperavam que a batalha que tiveram com os romanos nestes anos fosse a batalha final da humanidade.
1346-1351 – a peste negra foi interpretada como um sinal do fim dos tempos
1648 – o rabino Shabtai Tzvi esperava a vinda do Messias para este ano. Depois que errou, mudou a data para 1666.
1666 – como o 666 é tido com o o número da besta, os europeus temiam que o ano fosse o ano do Apocalipse. O medo aumentou depois do Grande Incêndio de Londres, que foi encarado sinal da ira de Deus.
1806 – na cidade de Leeds, uma galinha começou a colocar ovos com a inscrição “Cristo está chegando”. Depois, descobriram que tudo não passava de uma farsa: a mensagem era escrita à tinta pelo dono do animal, que colocava os ovos de volta na galinha.
1914 as Testemunhas de Jeová esperavam pelo fim do mundo em 1914 desde sua fundação, em 1870. Os seguidores pregam que o Juízo Final chegará “em breve” desde então.
10 de setembro de 2009 – o início das atividades do Grande Colisor de Hádrons gerou desconfiança entre pessoas que acreditaram que a colisão de partículas poderia criar um buraco negro que acabaria com a Terra.

Seitas, crimes e suicídio coletivo inspirados pelo fim do mundo
Jim Jones levou os membros de sua seita a cometerem suicídio coletivo

21 de dezembro de 1954 – a Irmandade dos Sete Raios avisava que o mundo seria destruído por uma enchente nesta data.
1969 Charles Manson previu uma guerra racial apocalíptica em 1969 e ordenou dois assassinatos, inclusive o da da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski, para desencadeá-la. Está preso até hoje.
23 de abril de 1990 – a profetisa Elizabeth Clare disse que uma guerra nuclear começaria neste dia, e refugiou-se com seus seguidores com estoque de suprimentos e armas.
28 de outubro de 1992 – o pastor Lee Jang Rim, da Igreja Tami da Coréia do Sul, marcou o dia do arrebatamento para esta data. As autoridades sul-coreanas evitaram o suicídio coletivo de milhares de seguidores que esperavam o fenômeno, mas quatro pessoas tiraram suas próprias vidas nos dias anteriores.
26 de março de 1997 – Marshall Applewhite, líder da seita Heaven's Gate, disse que uma nave espacial viajava atrás do cometa Hale-Boop e que a NASA ocultava esta informação do grande público. O suicídio aparecia como forma de “evacuar a Terra” para que as almas dos seguidores pudessem embarcar na nave e conhecer outro nível da existência humana. O líder e seus 38 seguidores se mataram.

Irmão Rubens Sodré
Era atual Milhares de pregadores do youtube fazem vídeos e mais vídeos alertando aos cristãos que Jesus está voltando. Um dos mais famosos é o irmão Rubens do canal verdade oculta que faz vídeos intitulados “Prepare-se”, agora ele volta.



Falsos Cristos ao longo da história















Há uma semana surgiu a notícia do falecimento de José Luiz de Jesus Miranda, fundador da Igreja Crescendo em Graça. Ele dizia ser Jesus Cristo e anunciou que no dia 30 de junho de 2012 seu corpo seria transformado, fazendo com que ele se tornasse imortal. Desde que isso não se confirmou, ele sumiu da mídia. Embora não tenha sido confirmada oficialmente, sua morte apenas aumenta a longa lista de pessoas clamando ser Jesus.

Desde os primeiros séculos surgiram pessoas que declaravam ser (ou eram consideradas por seus seguidores) a encarnação ou a reencarnação de Jesus Cristo, ou ainda a Segunda Vinda de Cristo. Isso sem contar os milhares de casos de pessoas perturbadas mentalmente que fizeram esse tipo de declaração.
O portal Gospel Prime fez uma lista com os mais famosos “falsos messias” dos últimos séculos.

Século 19
John Nichols Thom (1799-1838), rebelde contra o governo, dizia ser o “salvador do mundo” e a reencarnação de Jesus Cristo em 1834. Foi morto por soldados britânicos na Batalha de Bossenden Wood, em 31 de maio de 1838 na cidade de Kent, Inglaterra.
Arnold Potter (1804-1872), apostatou da Igreja dos Santos dos Últimos Dias líder (mórmons), Afirmava que o espírito de Jesus Cristo entrou em seu corpo e ele se tornou “Potter Cristo”, Filho do Deus vivo. Morreu numa tentativa de “subir ao céu” ao pular de um penhasco.
Bahá’u’lláh (1817-1892), nascido numa família muçulmana xiita, em 1844 afirmou ser o cumprimento profetizado e Prometido de todas as grandes religiões. Ele fundou a Fé Bahá’í em 1863, que tem seguidores até hoje em todo o mundo.
William W. Davies (1833-1906), líder da seita Reino dos Céus localizado em Walla Walla, Washington (1867-1881). Ele ensinava a seus seguidores que era o arcanjo Miguel, mas já havia vivido como Adão, Abraão e Davi. Quando seu filho Arthur nasceu, em 11 de fevereiro de 1868, Davies afirmou que a criança era a reencarnação de Jesus Cristo. Quando David, o segundo filho de Davies, nasceu em 1869, ele passou dizer que era Deus, o Pai.
Mirza Ghulam Ahmad, (1835-1908), natural da Índia afirmou ser o aguardado Mahdi, bem como a segunda Vinda de Jesus, o Messias prometido no final do tempo. Ele foi a única pessoa na história islâmica que alegava ser ambos. Afirmava ser Jesus, no sentido metafórico, em caráter. Fundou a Movimento Ahmadiyya em 1889, alegando ser comissionado por Deus para reformar a humanidade.
Lou de Palingboer (1898-1968), fundador e líder de uma seita da Holanda, que dizia ser “o corpo ressuscitado de Jesus Cristo.”
Século 20
Haile Selassie I (1892-1975) não dizia abertamente ser Jesus, mas o movimento Rastafari, que surgiu na Jamaica durante os anos 1930, acredita que ele é a Segunda Vinda . Incorporou isso quando se tornou imperador da Etiópia em 1930, defendendo ser a confirmação do retorno do Messias no Livro de Apocalipse. Também é chamado de Jah Ras Tafari, e os seguidores do movimento Rastafari dizem que ele deve retornar uma segunda vez para iniciar o dia de julgamento. A seita continua crescendo em parte graças a grupos de reggae, e teria cerca de um milhão de seguidores.
Ernest Norman (1904-1971), um engenheiro elétrico que fundou a Academia Unarius de Ciência, em 1954, Dizia ser a encarnação terrena de um arcanjo chamado Raphiel, mas já vivera na terra como outras figuras notáveis, incluindo Confúcio, Sócrates e Jesus. Faleceu em 1971, mas a Unarius ainda se mantém e oferece terapia de vidas passadas para curar todo tipo de mal.
Krishna Venta (1911-1958), fundados da seita Fonte de sabedoria, conhecimento, fé e amor, na Califórnia, no final de 1940. Em 1948, declarou que ele era o Cristo, o novo messias e que chegou à Terra vindo do planeta Neophrates, já extinto. Foi assassinado dois ex-seguidores descontentes que o acusavam de Venta mau uso do dinheiro da seita e de ter abusado de suas esposas.
Ahn Sahng-Hong (1918-1985), sul-coreano que fundou a Igreja de Deus Nova Aliança da Páscoa em 1964, que se tornou a Sociedade Missionária Mundial de Deus. Ele seria a Segunda Vinda de Jesus e depois passou a se declarar o próprio Deus Pai.
Sun Myung Moon (1920-2012), mais conhecido como Reverendo Moon, fundador da Igreja da Unificação. Ensinava ser o Messias e a Segunda Vinda de Cristo, cumprindo a missão inacabada pelo Jesus bíblico. Os membros da Igreja da Unificação ainda consideram Sun Myung Moon e sua esposa, Hak Ja Han, os Verdadeiros Pais da humanidade, Adão e Eva restaurados à sua plenitude.
Jim Jones (1931-1978), fundador do Templo dos Povos. Inicialmente um líder protestante, passou a se dizer reencarnação de Jesus, Akhenaton , Buda e o Divino Pai. Alegando perseguição religiosa nos EUA, levou seus seguidores para Jonestown , Guiana, onde organizou um suicídio coletivo dia 18 de novembro de 1978.
Marshall Applewhite (1931-1997), fundador da seita Portão do céu, usou a internet para se declarar Jesus Cristo e reunir seguidores. Todos cometeram suicídio coletivo dia 26 de março de 1997, quando passou pela Terra o cometa Hale-Bopp . Eles acreditavam que iriam se encontrar com ele no céu, pois na verdade seria uma nave espacial que veio buscá-los.
Wayne Bent (1941 -), seu verdadeiro nome é Michael Travesser. Fundador da Igreja o Senhor é Nossa Justiça. Ele afirma: “Sou a personificação de Deus, sou a divindade e a humanidade combinado”. Iniciou seu seita em 1989, quando convenceu alguns adventistas a abandonarem a igreja e segui-lo numa vida sem pecados. A partir de 2000 disse ter ouvido Deus dizer: “Você é o Messias”. Foi condenado à prisão em 15 de dezembro de 2008, por abuso sexual de menores.
Ariffin Mohammed (1943 -), também conhecido como “Ayah Pin”, fundou a seita Reino dos Céus, na Malásia , em 1975, logo proibida pelo governo. Ele afirma a seus seguidores ter contato direto com os céus, sendo considerado a encarnação de Jesus, bem como de Shiva, de Buda e de Maomé.
Matayoshi Mitsuo (1944 -), um político conservador japonês, que em 1997 criou a Partido Mundial da Comunidade Econômica, com base em sua convicção de que ele é Deus e Cristo. De acordo com seu programa, ele fará o último julgamento como Cristo, mas dentro do sistema político atual.
José Luis de Jesús Miranda (1946 – 2013), porto-riquenho fundador e líder da Igreja Crescendo em Graça. Afirma que o Cristo ressuscitado se apossou do seu corpo em 1973, quando 2 espíritos lhe avisaram disso.  Anunciou que passaria por uma grande transformação em 2012, tornando-se imortal. Sua morte em decorrência de um câncer não é confirmada pela igreja que conta com 710 centros de culto em 25 países.
INRI Cristo
Inri Cristo (1948 -), um astrólogo brasileiro que afirma desde 1969 ser o segundo Jesus reencarnado. Vive em Brasília, considerado por ele e seus discípulos como a “Nova Jerusalém” mencionada no Apocalipse.
Shoko Asahara (1955 -), fundou o controverso japonês grupo religioso Aum Shinrikyo , em 1984. Ele declarou ser “o Cristo” e ” Cordeiro de Deus “. Seria o único só mestre do Japão plenamente iluminado. Divulgou uma profecia sobre o fim do mundo, que incluiu uma Terceira Guerra Mundial, que terminaria em um bombardeamento nuclear. A humanidade iria acabar, exceto para os poucos que seguissem a Aum. Ficou famoso quando realizou o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995. Desde então está preso e foi condenado à morte, mas ainda aguarda a execução.’
David Koresh (1959-1993), nascido Vernon Wayne Howell, foi o líder da seita “Davidiana” com sede em Waco, Texas. Em 1983 começou a dizer que era o último profeta e “o Filho de Deus, o Cordeiro”. Reuniu seus seguidores e um grande arsenal em uma fazenda, em 1993. O FBI invadiu o local, numa operação que terminou com um incêndio da sede do grupo. Além de Koresh, morreram 54 adultos e 21 crianças.
Hogen Fukunaga (1945 -), fundador no Japão, em 1987, a Ho No Hana Sanpogyo , conhecida como seita da “leitura do pé”. Ele diz ter passado por uma experiência espiritual quando descobriu ser a reencarnação de Jesus Cristo e de Sidarta Gautama, o Buda.
Marina Tsvigun (1960 -), ou Maria Devi Christos, líder da Grande Fraternidade Branca . Em 1990, ela conheceu Yuri Krivonogov, que passou a afirmar que Marina era um novo messias e mais tarde se casou com ela.
Sergey Torop (1961 -), um ex-guarda de trânsito russo, que afirma ter “renascido” como Vissarion, Jesus Cristo embora ressalte que ele não é “Deus”, mas a ” palavra de Deus “. Fundou a Igreja do Último Testamento. Em 1990 mudou-se para o sul da Sibéria, onde vive com seus discípulos na comunidade espiritual Tiberkul Ecopolis. Ele tem várias esposas e diz ter 10 mil espalhados pelo mundo.


Século 21
David Shayler (1965 -) é um inglês, ex-agente do serviço secreto MI5 que, no verão de 2007, proclamou ser o Messias. A “descoberta” da nova identidade veio após o consumo de cogumelos alucinógenos. Afirma que um espírito apareceu e lhe deu a notícia. `Passou então a andar apenas com roupas brancas e sem sapatos. Defende o uso de drogas como algo espiritual. Lançou uma série de vídeos no YouTube onde afirma ser Jesus. Vive com alguns seguidores numa comunidade seminômade, ocupando casas vazias em Londres ou no interior da Inglaterra. Ele afirma ter um “lado mulher” e assume por vezes a personalidade de Delores Kane. Explica que não se trata de homossexualidade. “É como balancear as coisas [os lados feminino e masculino], como se eu pudesse esquecer quem sou “, justifica,
Oscar Ramiro Ortega-Hernandez (1990 -). Em novembro de 2011, disparou nove tiros com um rifle AK-47 contra a Casa Branca, em Washington. Dizendo ser Jesus Cristo, disse que foi enviado para matar o presidente Barack Obama, que seria o Anticristo.
Alan John Miller (1962 -), mais conhecido como AJ Miller. Australiano, é um ex- Testemunha de Jeová e líder do movimento Verdade Divina. Miller afirma ser Jesus Cristo reencarnado e quer espalhar mensagens que ele chama de “Verdade Divina”. Ele faz vários seminários sobre o tema e usa várias formas de mídia, principalmente a internet. Vive com Mary Suzanne Luck, que seria o retorno de Maria Madalena a Terra.
 fonte: Gospel prime



O mais impressionante é que todos conseguem milhares de seguidores, mesmo jesus tendo advertido de falsos profetas e proibido de segui-los. Parece que os cristãos seguem tudo, menos o que Jesus falou.

Paz á todos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Negacionistas do holocausto

Hoje, por mais absurdo que pareça, existe um movimento que se declara revisionista histórico que negam o holocausto nazista. Eles argumentam que os judeus exageraram o número de vitimas com o propósito de criar o estado de Israel. Que Hitler não tinha a intenção de assassinar judeus e que os campos de concentração eram na verdade apenas campos de prisioneiros, e que as poucas mortes que houveram nesses campos foram por doenças, sobretudo tifo, que é transmitida por piolhos, por isso as famigeradas câmaras de gás eram na verade para desinfetar os piolhos dos prisioneiros e manter a saúde deles. Ou seja, os alemães não mataram nenhum judeu, na verdade estavam cuidando bem deles e de seu bem estar e saúde, e os malvados judeus, ingratos, ainda mentiram e culparam os bonzinhos nazistas pelas supostas mortes de seis milhões de pessoas, incluindo ciganos, padres, opositores políticos etc.... Mas, será que é verdade?

Atualmente o movimento tem ganhado força através da internet, onde dados falsos são facilmente espalhados, e pessoas adeptas a teorias de conspiração não se importam com fatos e dados, e na maioria das vezes não tem nem sequer o trabalho de pesquisar tais fontes. Um vídeo de um judeu chamado Dave cole que é ateu e revisionista, sempre surge no youtube, recentemente até em um comentário de um vídeo meu, mas o que a maioria não sabe é que o próprio Dave deixou de ser revisionista já há um bom tempo e segundo ele, depois de "ameaças" sofridas, mas, ele nunca conseguiu refutar as contra provas apresentadas em seu vídeo.

Esse mesmo Dave Cole que alega ser judeu apesar de ter se tornado ateu, se baseou nas alegações d eum livro de um pesquisador que elaborou um relatório questionando se era realmente possível o extermínio em massa em Aushwit. Esse relatório ficou conhecido como relatório Leuchter e é utilizado até hoje por negacionistas, ou, revisionistas como gostam de ser chamados. O que eles não mostram é o exagero no relatorio, não de número de vitimas, mas o exagero de mentiras apresentadas por Leuchter. Ele alega ser formado em bio Quimica mas é formado em história pela universidade do michigan, nunca estudou nada de Química. Toda sua formação acadêmica é falsa. O seu relatório inclusive gerou um processo no Canadá no qual ele não só perdeu feio, como teve de admitir algumas de suas mentiras. Os negacionistas inclusive nunca conseguiram provar na justiça suas alegações pois não se baseiam em fatos, mas em um profundo sentimento antissemita e em muitos deles, um sentimento de melhorar a imagem de Hitler. Isso foi tema inclusive de um filme, chamado Negação, baseado em fatos reais.


Eles omitem também que a maioria dos movimentos chamados "revisionistas" propagavam o nazismo em maior ou menor grau, e todos se baseavam em dados reconhecidamente falsos, como os protocolos dos sábios de Sião por exemplo.


NEGACIONISTAS DO HOLOCAUSTO

A negação do Holocausto e a minimização ou distorção dos fatos do Holocausto é uma forma de anti-semitismo.

As pessoas que negam o Holocausto ignoram as massivas evidências daquele evento histórico, e insistem em dizer que o Holocausto é um mito inventado pelas Tropas Aliadas, pela União Soviética, e pelos judeus para atingir seus objetivos específicos. De acordo com a lógica dos negacionistas, os países Aliados precisaram criar tal mito para justificar a sua ocupação da Alemanha em 1945, bem como a perseguição dos defensores do nazismo. Os negacionistas também afirmam que os judeus precisavam de obter vultosas somas de dinheiro, como restituição da Alemanha, para poder criar o Estado de Israel. Os negacionistas afirmam que existe um ampla conspiração que envolve os poderes vitoriosos na Segunda Guerra Mundial, os judeus e Israel, os quais propagam inverdades sobre o Holocausto para atingir seus próprios propósitos.

Os negacionistas afirmam que se eles puderem des-provar um fato do Holocausto, toda a história daquele fenômeno será desacreditada. Eles propositalmente ignoram as evidências apresentadas e utilizam argumentos que se propõem a negar o Holocausto em sua totalidade.

Segundo os revisionistas estas pessoas malvadas e centenas de milhares de outras estavam sendo é
tratadas pelos nazistas para evitar contrairem doenças.






Alguns negacionistas insistem em que, uma vez que não existe um simples documento assinado por Hitler dando ordens para a execução do Holocausto, ele é então uma mentira. Para tentar embasar tal tipo de argumento, eles rejeitam todas as evidências submetidas em Nurember [OBS: no Tribunal Militar Internacional, quando dos julgamentos dos crimes-de-guerra]. Eles denunciam como falsificações as intenções genocidas do estado nazista, assim como as milhares de ordens, memorandos, notas, e outros documentos que documentam o processo de destruição. Quando eles não conseguem sustentar os argumentos de que os documentos foram falsificados, eles alegam que a linguagem dos documentos foi deliberadamente mal interpretada. Mais ainda, alguns dos negacionistas insistem em que os Aliados torturaram os nazistas para que eles aceitassem testemunhar de forma negativa contra eles mesmos sobre sua participação nos processos de assassinatos em massa; dizem também que os judeus sobreviventes que apresentaram testemunhos sobre os crimes nazistas, mentiram por motivos torpes de interesse próprio.

Alguns negacionistas afirmam que aqueles judeus que morreram na Guerra, morreram de causas naturais ou então foram executados de forma legítima pelo estado nazista por haverem cometido crimes reais. Eles costumam afirmar que os judeus e os poderes Aliados deliberadamente aumentaram o número de judeus mortos na Guerra. Os historiadores que estudam o Holocausto, baseados em fontes históricas legítimas e disponíveis, além do uso de métodos demográficos, avaliam que entre 5.1 a 6 milhões [OBS: 6 milhões é o mais aceito] de judeus foram mortos na Guerra. Os negacionistas afirmam que, como o total é avaliado e não é exato, esta é a prova de que toda a história do Holocausto foi fabricada e que o número de mortes de judeus durante a Segunda Guerra foi grosseiramente amplificado.

Alguns negacionistas afirmam que os nazistas não utilizaram câmaras de gás para matar judeus, e negam a realidade dos centros de extermínio. Eles têm usualmente focado em Auschwitz e acreditam que se eles puderem desprovar que os nazistas utilizaram câmaras de gás para lá matar os judeus, toda a história do Holocausto sera desacreditada.

Negadores do Holocausto frequentemente tentam imitar as maneiras e práticas dos pesquisadores acadêmicos legítimos, de forma a enganar o público sobre a natureza dos seus objetivos. Eles costumam utilizar notas de pé-de-página com citações de outros negacionistas e materiais de pseudo-convenções com a participação de falsos especialistas.


A negação do Holocausto na Internet é um problema especial devido à facilidade e a velocidade com que tais informações são disseminadas. Nos EUA, onde a Primeira Emenda à Constituição assegura a liberdade de expressão, a negação do Holocausto ou a propaganda de material nazista ou anti-semita não é contra a lei. No entanto, muitos países europeus, tais como a Alemanha e a França, criminalizaram a negação do Holocausto e baniram de seus territórios as publicações nazistas e neo-nazistas. A Internet é atualmente a principal fonte do negacionismo, e tem sido a melhor maneira para se recrutar pessoas e obter recursos para as organizações dedicadas à negação do Holocausto. [OBS: no Brasil, em setembro de 2003, por 8 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal condenou um editor e escritor

fonte

A cronologia abaixo lista alguns dos principais eventos na evolução dos processos de negação do Holocausto.

1942-1944: Para ocultar as evidências da aniquilação dos judeus na Europa, os alemães e seus colaboradores destruíram provas de covas coletivas dos centros de extermínio de Belzec, Sobibor e Treblinka, bem como de milhares de locais de operações de fuzilamento em massa em territórios ocupados da Polônia e da União Soviética, e também na Sérvia (inclusive em Babi Yar), através de uma operação denominada Aktion 1005.

1943: Em um discurso proferido para generais das SS em Poznan, Heinrich Himmler, líder do Reich (Reichsführer) e das SS (Schutzstaffel, esquadrões de proteção), destacou que o assassinato em massa dos judeus europeus seria mantido em segredo e nunca deveria ser registrado.

1955: Willis Carto funda um influente grupo de extrema direita sediado em Washington, DC, que, por fim, fica conhecido como Liberty Lobby (Lobby da Liberdade). Conduzido por Carto até sua falência em 2001, o Lobby mencionado advoga um Estados Unidos “racialmente puro” e culpa os judeus pelos problemas enfrentados pelos EUA e pelo resto do mundo. O Liberty Lobby começou a publicar textos sobre a negação do Holocausto no ano de 1969.

1959: A publicação antissemita Cross and the Flag (A Cruz e a Bandeira), pelo pastor americano Gerald L. K. Smith, alega que seis milhões de judeus não foram mortos no Holocausto, mas sim que emigraram para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

1964: Paul Rassinier, comunista francês que fora internado pelos nazistas, publica The Drama of European Jewry (O Drama dos Judeus Europeus), no qual alega que as câmaras de gás foram invenção do “estabelecimento sionista”.

1966-67: Harry Elmer, historiador americano, publica artigos no periódico libertário Rampart Journal afirmando que os países Aliados exageraram a extensão das atrocidades nazistas para justificar uma guerra de agressão contra as forças do Eixo.

1969: A editora Noontide Press, uma subsidiária do Liberty Lobby, publica um livro entitulado The Myth of the Six Million (O Mito dos Seis Milhões).

1973: Austin J. App, professor de literatura inglesa da Universidade LaSalle, na Filadélfia, publica um panfleto entitulado The Six Million Swindle: Blackmailing the German People for Hard Marks with Fabricated Corpses (O Engodo dos Seis Milhões: Chantagem ao Povo Alemão por Marcas Físicas Fictícias em Cadáveres). O panfleto torna-se a base de futuras alegações de muitos que negam o Holocausto.

1976: Arthur R. Butz, professor de engenharia da Universidade de Northwestern, publica The Hoax of the Twentieth Century: The Case Against the Presumed Extermination of European Jewry (O Embuste do Século XX: Justificativa Contra o Suposto Extermínio de Judeus Europeus). Butz foi o primeiro negador do Holocausto a utilizar o pretexto do rigor acadêmico para esconder suas afirmações falsas. A Northwestern University respondeu declarando que as afirmações de Butz eram um “constrangimento” para a universidade.

1977: Ernst Zündel, um cidadão alemão, com residência no Canadá, cria a editora Samisdat Publishers e publica literatura neo-nazista que inclui a negação do Holocausto. Em 1985, o governo canadense processou Zündel por distribuir informações que ele sabia serem falsas.

1977: David Irving publicou o livro Hitler's War (A Guerra de Hitler), argumentando que Hitler não havia ordenado, e que sequer toleraria, uma política nazista de genocídio contra os judeus europeus. Para tal, Irving distorceu evidências históricas, além de tentar utilizar métodos acadêmicos para conferir legitimidade à sua tese.

1978: William David McCalden (também conhecido como Lewis Brandon) e Willis Carto fundam o Instituto de Revisão Histórica IHR, na Califórnia, que publica material e patrocina conferências negando o Holocausto. O IHR mascara suas mensagens racistas e de ódio sob o disfarce de investigação acadêmica válida.

1981: Um tribunal francês condena Robert Faurisson, um professor de literatura, por incitar ódio e discriminação ao chamar o Holocausto de “mentira histórica”.

Os sobreviventes do holocausto disseram que os Alemães faziam os prisioneiros cavarem valas como essa da foto e que eles jogavam os corpos dos mortos e depois queimavam antes de enterrar, para encobrir pistas de genocídio.

1984: Em um caso histórico, um tribunal canadense condena o professor de uma escola pública, James Keegstra, por “promover deliberadamente o ódio contra um grupo identificável”, advogando a negação do Holocausto e outros pontos de vista anti-semitas a seus alunos de ciências sociais.

1986: Em 8 de julho, o parlamento israelense aprova uma lei criminalizando a negação do Holocausto.

1987: Bradley Smith, na Califórnia, funda o Comitê para o Debate Aberto sobre o Holocausto. No início da década de 1990, a organização de Smith publica anúncios de página inteira ou editoriais em mais de uma dúzia de jornais estudantis dos EUA, com a manchete “A história do Holocausto: o Quanto é Falso? Justificativa para um Debate Aberto”. A campanha de Smith ajuda a embaçar a linha que divide a promoção do ódio da liberdade de expressão.

1987: Jean Marie Le Pen, líder do partido francês de extrema direita Frente Nacional, sugere que as câmaras de gás foram apenas um “detalhe” da Segunda Guerra Mundial. Le Pen se candidata a presidente da França em 1988 e fica em quarto lugar.

1987: Ahmed Rami, um escritor marroquino-sueco, começa a transmitir na Rádio Islã, com sede na Suécia. A estação descreve o Holocausto como uma mentira judaico/sionista. Posteriormente, a Rádio Islã publicou “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, “Minha Luta”, além de outros textos anti-semitas em seu site.

1988: A pedido de Ernst Zündel, Fred Leuchter (um auto-declarado especialista em métodos de execução) viaja ao local do centro de extermínio de Auschwitz. Mais tarde, ele lança Leuchter Report: An Engineering Report on the Alleged Execution Gas Chambers at Auschwitz, Birkenau and Majdanek, Poland (Relatório Leuchter: um Relatório de Engenharia sobre as Supostas Câmaras de Gás em Auschwitz, Birkenau e Majdanek, Polônia), que, segundo os negadores do Holocausto, lança dúvida sobre o uso de câmaras de gás para assassinatos em massa.

Panfleto negacionista
1990: Após Illinois se tornar o primeiro estado norte-americano a obrigar o ensino do Holocausto em escolas públicas, os casais Ingeborg e Safet Sarich fazem um protesto público retirando sua filha de 13 anos da escola. Os Sarich também remeteram 6.000 cartas a autoridades públicas, acadêmicas, jornalistas e sobreviventes do Holocausto, atacando o registro histórico como sendo “rumores e exageros”.

1990: O governo francês aprova a Lei Gayssot, segundo a qual questionar a escala de existência de crimes contra a humanidade (conforme definido na Carta de Londres de 1945) é um delito criminal. Esta lei foi o primeiro estatuto europeu a declarar ilegal a negação do Holocausto.

1989: David Duke, um partidário da supremacia branca, conquista uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de Louisiana. Duke comercializa textos sobre a negação do Holocausto através de seu escritório legislativo.

1990: No decorrer do processo criminal contra Fred Leuchter, movido pelo Estado de Massachusetts, descobre-se que ele nunca chegou a se graduar em engenharia. Leuchter admite não possuir formação em biologia, toxicologia ou química, disciplinas fundamentais às alegações feitas no “Relatório Leuchter” de 1988, normalmente citado para sustentar alegações dos negadores do Holocausto.

1990: Um tribunal sueco condena Ahmed Rami a seis meses de prisão por “discurso de ódio” e revoga a licença de transmissão da Rádio Islã por um ano.

1991: A Associação Histórica Americana, a mais antiga organização profissional de historiadores, emite uma declaração: “Nenhum historiador sério questiona a ocorrência do Holocausto”.

2000: Um tribunal britânico condena David Irving como um “negador ativo do Holocausto”. Irving havia processado Deborah Lipstadt, historiadora da Universidade de Emory, por calúnia e difamação após a publicação de seu livro de 1993, Denying the Holocaust The Growing Assault on Truth and Memory (Negação do Holocausto: a Crescente Agressão Contra a Verdade e a Memória).

2005: Em discurso transmitido ao vivo pela televisão em 14 de dezembro, o então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad chama o Holocausto de “mito”.

2006: O governo do Irã patrocina um encontro de negadores do Holocausto em Teerã, sob o pretexto de uma conferência acadêmica chamada “Revisão do Holocausto: Visão Global”.

2007: Em 26 de janeiro, as Nações Unidas adotam uma resolução condenando a negação do Holocausto. A Assembleia Geral da ONU declara que a negação é “equivalente à aprovação do genocídio em todas as suas formas”.

Mesmo com a ocultação dos nazistas, o holocausto tem
um vasto material que o comprova desde fotos até vídeos

2007: A União Europeia aprova a legislação que torna a negação do Holocausto um crime punível com prisão.

2009: O bispo católico Richard Williamson, nascido na Inglaterra, nega a existência das câmaras de gás e minimiza a extensão do extermínio durante o Holocausto. Após algum tempo, o Vaticano solicita que Williamson se retrate das declarações.

2010: em fevereiro, Bradley Smith publica o primeiro anúncio online sobre a negação do Holocausto, que aparece no site Badger Herald, da Universidade de Wisconsin. A Internet – devido à facilidade de acesso e disseminação, anonimato e pretensa autoridade – torna-se o principal canal da negação do Holocausto até o presente

fonte: fonte


Professor do Instituto de História da UFRJ fala sobre um fenômeno político que aparentemente desafia a lógica e a racionalidade: a negação do holocausto.
Por Ricardo Figueiredo de Castro

Durante os anos 1930 e, especialmente, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o partido e o Estado nazistas empreenderam um processo de marginalização, perseguição e assassinato em massa de milhões de judeus alemães e europeus.

Esse processo contou com importantes recursos ideológicos e materiais para a sua realização. Em termos ideológicos, os nazistas utilizaram-se de um nacionalismo que unia numa síntese mística o racismo e a eugenia, e definia que apenas os indivíduos de origem “ariana” poderiam integrar a comunidade alemã.

Assim, todos aqueles que não cumpriam esses requisitos raciais foram excluídos e perderam a cidadania alemã. Por outro lado, utilizaram-se de todos os recursos materiais do Estado alemão para realizar o objetivo de resolver definitivamente o “problema judaico”, ou seja, eliminar os judeus da Europa, tais como centenas de campos de concentração e de extermínio, milhares de membros da burocracia e agentes policiais e militares do Estado alemão e da famigerada SS (Schutzstaffel), ferrovias, trens, combustível, bem como grandes recursos financeiros.

Assim, os nazistas colocaram em funcionamento uma gigantesca máquina de explorar, triturar e descartar seres humanos, seja através da morte lenta por fome, doenças e exaustão física, seja através da execução sumária por fuzilamento ou asfixia nas câmaras de gás nos campos de concentração/extermínio.



O auge deste processo aconteceu no período entre 1942 e no final da guerra (1945), durante o qual o genocídio foi realizado em escala industrial e com eficiência logística impressionante. Não devemos nos esquecer também que milhares de judeus, prisioneiros de guerra etc. foram usados como escravos em fábricas e obras públicas na Alemanha, produzindo vultosos lucros aos dirigentes da SS e às grandes empresas alemães, muitas das quais existem até hoje.

Os historiadores, sociólogos e outros especialistas acadêmicos vem pesquisando exaustivamente esse processo e têm divergências em vários pontos, tais como o número exato de vítimas (na casa de milhões de pessoas) e quanto à natureza da decisão do início do processo, isto é, se ele foi intencional (“intencionalistas”) ou se estava inserido na própria dinâmica do regime (“funcionalistas”). No entanto, nenhum pesquisador discute se o Holocausto existiu ou não.

                                          Imagens raras e reais:

Apesar disso, desde poucos anos após a realização deste crime contra a humanidade, pessoas de diferentes nacionalidades vem se dedicando a resgatar a imagem de Hitler e da Alemanha nazista afirmando que o Holocausto não aconteceu e que este, na verdade, seria o produto de uma calúnia criada e disseminada pelos judeus que a usariam como estratégia para realizar seu objetivo de dominar o mundo.

O Negacionismo do Holocausto surgiu, portanto, logo após a Segunda Guerra Mundial, com os livros dos franceses Maurice Bardèche e de Paul Rassinier e do estadunidense Harry Elmer Barnes; e, a partir de 1978, ampliou sua audiência e passou a integrar o debate político tanto nos Estados Unidos quanto na França. Nos Estados Unidos foi então criado o Institute for Historical Review (IHR), uma instituição que, usando um nome que sugere ser uma respeitável instituição acadêmica de historiadores, se dedica sistematicamente a disseminar o ódio aos judeus (antissemitismo) e a teoria do complô judaico, através da negação do Holocausto. Ainda em 1978, na França, o professor de literatura Robert Faurisson passou a ocupar um cargo acadêmico na Universidade de Lyon 2 e então introduziu o tema do negacionismo no espaço universitário e na mídia francesa.

Assim, partir do final dos anos 1970, esse movimento político/ideológico ampliou-se para além de um pequeno círculo de leitores e simpatizantes do fascismo histórico. Nesse processo, confluíram vários fatores, tais como: a) uma crise econômica e social do capitalismo mundial; b) uma crise política e representativa dos partidos políticos tradicionais, tanto à direita quanto à esquerda; c) uma crise política das esquerdas tradicionais, ampliada pelo fim da URSS e do “socialismo real”; d) uma crise dos paradigmas da modernidade e da própria historiografia; e), sobretudo para o que nos interessa aqui, o surgimento de uma nova extrema-direita e o fortalecimento de um elemento ideológico tradicional no Ocidente, a teoria da conspiração (ou complô), como chave explicativa para se entender a sociedade, especialmente após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, ocorridos nos Estados Unidos. Além da confluência destes fatores surgiu então uma nova ferramenta de disseminação, coordenação e financiamento da extrema-direita e dos Negacionistas: a Internet.

O Negacionismo do Holocausto não é uma corrente historiográfica legítima que se dedique a pesquisar criticamente o Holocausto, mas sim um instrumento da ação ideológica de grupos políticos radicais, em sua grande maioria de extrema-direita. Concordamos, assim, com a já extensa historiografia que usa o termo “Negacionistas do Holocausto” para qualificar os autodenominados “Revisionistas do Holocausto”. Os ideólogos do Negacionismo do Holocausto negam ou minimizam os efeitos do Holocausto, e afirmam que o assassinato sistemático de milhões de judeus, ciganos, eslavos etc. é uma mentira criada e mantida pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial em estreita aliança com os judeus sionistas fundadores do Estado de Israel. O Negacionismo do Holocausto é, portanto, o outro lado da moeda do “complô judaico internacional” difundido desde o início do século XX pelo livro “O Protocolo dos Sábios de Sião”.

O complô judaico é, segundo Girardet (1987, p. 25-34), uma das três grandes narrativas do complô elaboradas entre o final do século XVIII e início do século XX, quando foi editado pela primeira vez o famigerado “Protocolo dos Sábios de Sião”. Esse livro, forjado pela polícia política do regime czarista, foi rapidamente incorporado como arma de propaganda antissoviética e antibolchevique nos anos 1920 e 1930. Os nacional-socialistas alemães transformam-no numa “prova irrefutável” de que os judeus são uma ameaça mundial ao mundo ocidental e a obra ainda hoje é reeditada em várias línguas e utilizada como uma espúria prova da existência de um suposto complô judaico internacional. Esse livro tornou-se, desde então, peça de propaganda do antissemitismo e, após a Segunda Guerra Mundial, também do antissionismo.

No Brasil, foi traduzido pelo ideólogo integralista Gustavo Barroso e editado nos anos 1930. No final do século XX, a Editora Revisão se dedicou a publicar no Brasil livros negacionistas e a fazer propaganda sistemática do assunto. Seu editor foi processado judicialmente e atualmente a editora não tem mais atividades legais em território brasileiro.

Alguns pesquisadores consideram que, a partir do final do século XX, as teorias conspiratórias (ou complôs) ganharam uma dimensão explicativa cada vez mais ampla, ou seja, os complôs passaram a explicar fenômenos de escala mundial, os chamados mega-complôs (TAGUIEFF, 2006) ou super-conspirações (BARKUN, 2003: 6). A crescente importância da cultura conspiracionista aumentou também a demanda por abordagens mistificadoras da história (pseudo-história)² que frequentemente estão a serviço de ideologias de extrema-direita¹.

O Negacionismo do Holocausto não é uma corrente historiográfica legítima que se dedique a pesquisar criticamente o Holocausto, mas sim um instrumento da ação ideológica de grupos políticos radicais, em sua grande maioria de extrema-direita.

Desse modo, a nova extrema-direita, a partir do final do século XX, atualiza essa perspectiva conspiracionista de sua visão de mundo ao articular sua filosofia da história maniqueísta com um típico exemplo de pseudo-história: o Negacionismo do Holocausto. O Negacionismo do Holocausto tornou-se um elemento fundamental para a manutenção das forças de atração que mantém unidos os diferentes grupos e famílias ideológicas da extrema-direita contemporânea e ajuda a definir sua identidade.³

Por mais que se publiquem artigos e livros que denunciam o caráter falso desse livro os crentes da conspiração judaica internacional se recusam a aceitar os argumentos listados pelos historiadores para denunciar a obra. Da mesma, e seguindo a lógica das teorias da conspiração, os defensores e seguidores do Negacionismo do Holocausto rejeitam qualquer análise proposta pelos historiadores profissionais, acusando-os, entre outras coisas, de estarem a serviço dos judeus. Certamente, isso se deve à lógica das teorias conspiratórias que têm quatro princípios básicos: “nada acontece por acidente”, “nada é o que parece”, “tudo está conectado” e “tudo o que acontece é o resultado de vontades ocultas e malignas” (BARKUN, 4 e TAGUIEFF, 57).

A forma como as teorias da conspiração entendem o mundo rejeita as análises críticas dos cientistas sociais (sociólogos, historiadores, cientistas políticos etc.), preferindo compreendê-lo como o palco da luta eterna entre as forças do bem contra as forças do mal. Os Negacionistas do Holocausto consideram-se, pois, soldados das forças do bem, denunciando o complô judaico para dominar o mundo que estaria sendo ocultado pela “grande mentira” (Holocausto) que, ao culpar os alemães do crime de genocídio etc., facilitaria a realização de seu próprio projeto (oculto) de dominação mundial.

A cultura conspiracionista está presente de forma arraigada na cultura de massas, através de diversos mitos urbanos, livros e filmes, tais como: o livro (2003) e o filme (2006) “O código da Vinci”, a série televisiva (1993 a 2002) e o filme (1998) “Arquivo X”, filmes como “Teoria da Conspiração” (Conspiracy Theory, 1997) e as teorias conspiratórias elaboradas para explicar o atentado ao World Trade Center etc. Essa disseminação certamente colabora para a utilização do conspiracionismo pela extrema-direita como uma estratégia de disseminação de sua mensagem política entre diferentes setores e classes sociais.

Concluindo, consideramos o Negacionismo do Holocausto é um tema que faz parte do horizonte político contemporâneo e certamente deve ser objeto da historiografia do Tempo Presente. Os historiadores comprometidos com uma historiografia atuante na defesa da democracia e dos direitos humanos não podem deixar de incorporar os temas da pseudo-história e das teorias conspiratórias às suas pesquisas e cursos.

fonte: artigo do professor UFRJ



Leituras Recomendadas

Evans, Richard J. Lying About Hitler: History, Holocaust, and the David Irving Trial. New York: Basic Books, 2001.

Gottfried, Ted. Deniers of the Holocaust: Who They Are, What They Do, Why They Do It. Brookfield, CT: Twenty-First Century Books, 2001.

Lipstadt, Deborah. Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory. New York: Free Press, 1993.

Shermer, Michael, and Alex Grobman. Denying History: Who Says the Holocaust Never Happened and Why Do They Say It? Berkeley: University of California Press, 2000.

Zimmerman, John C. Holocaust Denial: Demographics, Testimonies, and Ideologies. Lanham, MD: University Press of America, 2000.
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