terça-feira, 14 de setembro de 2021

A abominação da desolação

 O anticristo destruiria o templo?


“E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações”

Daniel 9:26


Como eu sempre digo aqui no canal, a bíblia não foi escrita em Português e nem em 2021


Onde está escrito templo no texto?


O termo que aparece em Daniel é Hakodesh (קֹדֶשׁ) o santuário, um local dentro do templo

 

Como o anticristo destruiria o templo, se um dos objetivos das setentas semanas era justamente a purificação do templo?


“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo

Daniel 9:24


Santíssimo ou santo dos santos (קֹ֥דֶשׁ  HYPERLINK "https://biblehub.com/hebrew/6944.htm"קָֽדָשִֽׁים) era um local dentro do templo, onde ficava a arca da aliança e só onde só o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano.


E essa unção seria dentro das setenta semanas:

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo

Daniel 9:24


Qual era o objetivo dessa profecia?


Cessar a transgressão (Trangressão da lei)

Dar fim aos pecados 

Expiar a iniquidade

Trazer justiça

Purificar o templo (Que havia sido profanado)


“Sabe e entende: desde a saída da palavra (Davar) para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até o ungido o Príncipe (Ciro, rei da Pérsia) haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos”

Daniel 9:25


“E depois das sessenta e duas semanas será cortado o ungido (Onias III), mas não para si mesmo”

Daniel 9:26


Destruição do santuário

“e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário”

Daniel 9:26


Depois de ter vencido o Egito, no ano cento e quarenta e três, Antíoco voltou e marchou contra Israel, subindo até Jerusalém com numeroso exército. 21Entrou no santuário com arrogância, tirou o altar de ouro, o candelabro da luz com todos os seus acessórios, 22a mesa da apresentação, os copos, as taças, os incensórios de ouro, o véu, as coroas e os ornamentos de ouro que havia na fachada do templo, removendo tudo 23Tomou também a prata, o ouro e os objetos preciosos, bem como os tesouros escondidos que conseguiu encontrar. 24Tendo recolhido tudo, partiu para sua região, depois de ter feito uma matança e falado com extrema arrogância.


“e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações”

Daniel 9:26


Dois anos depois, o rei enviou às cidades de Judá um coletor de tributos, que veio a Jerusalém com um exército imponente. 30Dirigiu aos habitantes falsas palavras de paz e ganhou a confiança deles. Mas depois, caindo sobre a cidade de improviso, golpeou-a duramente e matou muita gente de Israel. 31Saqueou a cidade, entregou-a às chamas e abateu as casas e os muros a seu redor. 32Reduziram à escravidão mulheres e crianças, e se apoderaram dos rebanhos.


“E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana”

Daniel 9:27


Naqueles dias, surgiram de Israel homens iníquos, que instigaram a muitos, dizendo: “Vamos, façamos aliança com as nações circunvizinhas, pois, desde que nos separamos delas, muitos males caíram sobre nós”. 12Agradou-lhes esse modo de falar, 13e alguns dentre o povo tomaram a iniciativa de ir ao rei, o qual lhes deu autorização para introduzir os costumes dos gentios.


“fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a nave do templo estará a abominação da desolação e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”

Daniel 9:27


O rei expediu também decretos por meio de mensageiros a Jerusalém e às cidades de Judá, prescrevendo-lhes que adotassem os costumes estranhos ao país; 45que se abolissem os holocaustos, os sacrifícios e as libações no santuário; que se violassem os sábados e as festas; 46que se profanassem o santuário e as pessoas consagradas; 47que se construíssem altares, templos e ídolos, e se imolassem porcos e animais impuros; 48que deixassem incircuncisos os filhos e que se contaminassem com toda a sorte de impurezas e profanações,

No dia quinze do mês de casleu, do ano cento e quarenta e cinco, construíram a abominação da desolação sobre o altar dos holocaustos; nas cidades circunvizinhas de Judá ergueram altares 55e às portas das casas e nas praças ofereciam sacrifícios.


Quando judá macabeus derrota Antíoco, ele remove os objetos pagãos e purifica o templo, selando as setenta semanas de Daniel:


Então Judas e seus irmãos disseram: “Nossos inimigos estão derrotados; vamos, pois, purificar o santuário e consagrá-lo de novo. 37Reuniram todo o exército e subiram ao monte Sião. 38Viram o santuário deserto, o altar profanado, as portas incendiadas e o mato que crescia nos átrios como se fora num bosque ou num monte, e as salas destruídas. 39Rasgaram as vestes, fizeram uma grande lamentação, cobriram-se de cinzas, 40prostraram-se com a face por terra, mandaram dar os sinais com as trombetas e elevaram clamores ao Céu. 41Judas incumbiu certo número de homens de combater os da cidadela, até que ele tivesse purificado o santuário. 42Escolheu sacerdotes sem mácula, observantes da lei, 43os quais purificaram o santuário e levaram para um lugar impuro as pedras contaminadas.


Última pergunta;

Como isso vai acontecer no futuro se hoje não tem templo em Jerusalém?


"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;"

Mateus 24:15


Como nós vimos na série do apocalipse, é comum no primeiro século se utilizar de imagens do velho testamento como arquétipos de coisas da época presente.


O autor do apocalipse por exemplo utiliza termos como Jezabel, Babilônia, Sodoma etc... se referindo a sua época. A batalha de Gogue por exemplo, já havia acontecido em Ezequiel, mas o autor a cita como algo semelhante que iria contecer em sua época, a batalha dos Romanos.


Da mesma forma, no sermão profético, o autor não esta dizendo que Daniel iria se cumprir na sua época, mas que algo semelhante iria acontecer.


De fato há muitas semelhanças entre o Império Grego e Romano, o que confunde até hoje os preteristas. Roma praticamente assimilou a cultura Grega e deu continuidade.


Os deuses Romanos eram Gregos apenas com um novo nome, Júpiter zeus, Mercúrio Esculápio, Netuno poseidon, etc....

E em comum com os Gregos, os romanos também queriam impôr sua cultura e religião como forma de dominação cultural, o que gerava ondas de choques na Judeia.

E as duas guerras Judaico Romanas tiveram uma equivalência de tempo com a guerra dos Macabeus, três anos e meio aproximadamente, como se a história fosse ciclíca. Tanto que Flávio josefo entendia que a profecia de Daniel era polissemica, isto é, de duplo cumprimento.


Então a abominação da desolação como vimos, foi uma estátua de Zeus Olimpio que Antíoco colocou no templo de Jerusalém. No primeiro século o templo foi derrubado por Tito e Vespasiano, e no período do imperador Adriano, este manda fazer algo semelhante.

 

Há muita incerteza acerca da causa imediata dessa revolta, pois dela só possuímos documentação esparsa e não-contemporânea (Dião Cássio e Eusébio), além de algumas descobertas arqueológicas nas grutas dos desertos da Judeia.

O que se sabe é que ela ocorreu após a viagem do imperador Adriano, pelo Oriente, entre os anos 130 e 131, ocasião em que ele deixou claro seu propósito de revitalizar o helenismo enquanto esteio cultural do Império Romano, naquela região. Entre seus planos estava a reconstrução de Jerusalém como uma cidade helenística e onde, sobre o monte do templo, seria erguido um santuário dedicado a Júpiter Capitolino, decisão que feriu os sentimentos religiosos dos judeus.

 

Este parece ter sido o estopim da revolta na Judeia, embora Dião Cássio afirme que ela já vinha sendo preparada, a partir das comunidades da Diáspora, desde o levante de 115

Por isso que Jesus manda fugir:


"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda; Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes"

Mateus 24:15-18


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